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Envelhecimento cognitivo: analfabetismo, baixa escolaridade e possibilidades de intervenção

Resumo

Idosos analfabetos ou com escolaridade reduzida apresentam desempenho inferior nos testes cognitivos que são utilizados para o exame do estado mental na velhice. Fazer a distinção entre o desempenho cognitivo na baixa escolaridade e os primeiros sinais de quadros demenciais é desafiador. No Brasil, existem poucos estudos caracterizando o perfil cognitivo de idosos analfabetos ou com baixa escolaridade. Há interesse na identificação de provas cognitivas que possam auxiliar no diagnóstico precoce das demências. Adicionalmente, há escassez de dados sobre a eficácia de treino cognitivo ofertado a idosos com baixa escolaridade. Objetivos: Estudo 1. Caracterizar o desempenho cognitivo de idosos com baixa escolaridade e analfabetos, sem demência ou depressão, em testes comumente usados no processo diagnóstico de síndromes demenciais; Estudo 2. Investigar se a prova de memória de trabalho integrativa (memory binding) sofre influência da escolaridade. Estudo 3. Avaliar a eficácia de um programa de treino de memória de trabalho oferecido a idosos com escolaridade baixa. Métodos: Nos Estudos 1 e 2, 120 idosos sem demência e depressão completarão o Teste Auditivo Verbal de Rey, o Teste de Nomeação de Boston, o Iowa Gambling Test e dois testes de memória de trabalho integrativa. Os idosos analfabetos serão comparados aos idosos com escolaridade formal entre 1 e 2 anos e 3 e 4 anos. Serão descritos o desempenho e os erros típicos destas três faixas de escolaridade, com objetivo de gerar dados normativos para a população estudada e avaliar o impacto da educação sobre estes testes. Estudo 3: 160 idosos participarão de um protocolo de treino de memória de trabalho adaptado de Borella et al. (2010). Participantes com quatro anos de escolaridade serão comparados àqueles com oito a onze anos, antes e após o treino de MT. Pretende-se avançar os conhecimentos sobre a relação entre desempenho cognitivo na velhice e a escolaridade, esta última entendida como medida de reserva cognitiva, e investigar a influência da escolaridade sobre a plasticidade cognitiva no contexto de um treino de memória de trabalho. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
BRUM, PAULA SCHIMIDT; BORELLA, ERIKA; CARRETTI, BARBARA; GUIDOTTI, ELENA; YASSUDA, MONICA SANCHES. Categorization Working Memory Span Task: Validation study of two Brazilian alternate versions. INTERNATIONAL JOURNAL OF GERIATRIC PSYCHIATRY, v. 33, n. 4, p. 652-657, . (13/27096-8)