Estudo prospectivo em humanos empregando-se implantes com diferentes tratamentos de superfície instalados em mandíbula com carga tardia e prótese protocolo

Resumo

A reabilitação de regiões edêntulas com implantes osseointegráveis é um processo com alta previsibilidade e bem documentado na literatura. Entretanto, esse sucesso depende dos fundamentos da osseointegração já estabelecidos destacando-se, nesse trabalho, as propriedades físico-químicas da superfície, que interferem nas respostas biológicas e consequente reparo ósseo da interface osso/implante. A proposta desta pesquisa será analisar prospectiva e comparativamente, em mandíbulas edêntulas totais de humanos, a estabilidade, a taxa de sobrevivência e a estabilidade óssea peri-implantar de implantes com diferentes tratamentos de superfície. Serão selecionados vinte pacientes sem comprometimento sistêmico, não fumantes e desdentados totais. Esses pacientes serão submetidos a procedimento cirúrgico para a instalação de quatro implantes de 4,0 x 10 mm, entre os forames mentuais, sendo um implante de cada superfície distribuídos aleatoriamente, por paciente: (1) superfície modificada por feixe de laser, (2) modificada por laser com deposição de apatitas pelo método biomimético, (3) modificada por duplo ataque ácido (Implacil De Bortoli) e (4) modificada por jato de areia e ataque ácido (SLA Active, Straumman). Serão empregadas as análises: clínica, frequência de ressonância (Osstell®), radiográfica e tomográfica. Após o período de 3 meses será realizada a instalação da prótese do tipo protocolo inferior. A avaliação clínica, radiográfica e a frequência de ressonância (Osstell®) serão analisadas nos períodos T0 (imediatamente após a instalação do implante), T1 (15 dias), T2 (30 dias), T3 (60 dias), T4 (90 dias), T5 (180 dias), T6 (360 dias) pós-instalação dos implantes. A análise tomográfica será realizada nos períodos T0, T2, T6. Os dados quantitativos serão submetidos ao teste de normalidade Kolmogorov Smirnov adotando-se o nível de significância de 5%. (AU)