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Variações no apoio popular aos jogos olímpicos de 2016 durante o processo de preparação

Processo: 15/22241-5
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2016
Data de Término da vigência: 31 de março de 2017
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Educação Física
Pesquisador responsável:Claudio Miranda da Rocha
Beneficiário:Claudio Miranda da Rocha
Instituição Sede: Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Assunto(s):Jogos olímpicos  Megaeventos esportivos 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Gestão de eventos | Jogos Olímpicos | Megaeventos esportivos | Gestão do Esporte

Resumo

O apoio popular é importante não apenas durante o processo de candidatura, mas também após a escolha da cidade sede. Zhou e Ap (2009) afirmam que quando a comunidade anfitriã apóia ao evento, a experiência e a imagem que os visitantes levam do evento e do local como uma opção turística é bastante melhorada. Assim, cidades e países organizadores de megaeventos esportivos têm-se preocupado em conhecer e promover o apoio popular para seus eventos. Em 2003, Vancouver realizou um plebiscito para conhecer o apoio popular aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2010. Entre 2006 e 2008, a China desenvolveu algumas estratégias de propaganda para distrair as massas de reais problemas do país e conseguir apoio popular para a realização dos Jogos Olímpicos em 2008 . Gursoy e Kendall (2006) afirmam que subestimar o poder do apoio popular pode causar sérios problemas para a organização de megaeventos esportivos. Em geral, a imprensa tende a explorar embates entre o povo e a organização dos eventos, o que pode gerar trabalho extra para os organizadores. Além disto, estes organizadores dependem da boa vontade popular porque grande parte do trabalho realizado durante estes eventos é feito por voluntários . Representantes tanto do COI, quanto da FIFA reafirmam com frequência que a realização de Jogos Olímpicos e Copas do Mundo são inviáveis sem a presença de um grande número de voluntários. Na Copa do Mundo da África do Sul 2010, 18.000 pessoas trabalharam voluntariamente. Para os Jogos Olímpicos de Londres 2012, 70.000 voluntários foram recrutados (de acordo com o site oficial do evento).Deste modo, conhecer o nível de apoio ou oposição dos moradores de cidades sede é fundamental para a organização de megaeventos esportivos. De acordo com Ritchie, Shipway e Cleeve (2009), é importante compreender não apenas o nível, mas também entender as razões de apoio ou oposição das pessoas à realização de tais eventos. Duas teorias sociológicas têm sido mais comumente usadas para explicar as razões pelas quais as pessoas apoiam ou não a realização de eventos esportivos em suas regiões. A teoria das representações sociais sugere que os moradores formam suas idéias (representações) sobre o evento, baseados na interação entre as informações que recebem de meios externos (por ex., a mídia) e seus valores e experiências prévias. Caso estas representações sejam positivas, os moradores tendem a apoiar o projeto. Já a teoria das trocas sociais propõe que as pessoas interagem com outras pessoas porque elas esperam receber benefícios desta relação. De acordo com esta teoria, caso os moradores percebam que o evento pode trazer benefícios para a comunidade em que vivem, eles tendem a apoiá-lo. Por outro lado, se eles perceberem que os custos para sediar tais eventos são maiores do que os benefícios que serão recebidos, eles tendem a se opor a sua realização.Baseando-se nessas teorias, as percepções que os moradores têm acerca do legado que os megaeventos esportivos podem deixar para sua região podem constituir razões suficientes para se apoiar ou não a realização de tais eventos. Três tipos de legado são freqüentemente citados na literatura: legado econômico, legado social e legado ambiental . Preuss e Solberg (2006) propõem que pelo menos cinco tipos de legado deveriam ser considerados: econômico, turístico, físico/ambiental, social/cultural e psicológico. Assim, se de um lado existe a necessidade de um grande investimento, inclusive de dinheiro público para a realização de megaeventos esportivos; do outro lado, existe a promessa de um legado com benefícios econômicos, sociais, ambientais e até psicológicos, para seus anfitriões. Desta forma, esta pesquisa tem como objetivo explorar e descrever as relações entre avaliações do trabalho dos organizadores, percepções de legado e o nível de apoio popular à realização dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, em três momentos: quatro anos antes, dois anos antes e no ano do evento. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)