O papel das planícies de inundação na origem e manutenção da diversidade de espécies arbóreas na Amazônia

Resumo

O excesso ou a falta de água desempenham papel fundamental na manutenção da cobertura florestal e na distribuição das espécies vegetais. A história geológica da América do Sul no Neógeno e Quaternário está intimamente ligada com a água e, atualmente, cerca de 30% do continente é classificado como área úmida (wetland). A existência destes ambientes, com água em excesso, desde o Neógeno potencialmente influenciou na evolução e especiação de espécies vegetais. A influência de eventos pré- e pós-pleistocênicos na origem dos taxas que compõem a floresta amazônica é alvo de debate, e os processos ecológicos que formam e mantém estas assembleias de espécies mega-diversas ainda estão sendo elucidados. Neste estudo, buscaremos elucidar como os habitats florestais das áreas úmidas da Amazônia podem ter contribuído para a diversificação de espécies arbóreas e para a manutenção da diversidade regional das comunidades florestais. Para isso, propomos estudar a distribuição geográfica, o tempo de diversificação, e as preferências ecológicas do conjunto de espécies arbóreas sujeito ao filtro ambiental imposto pela inundação periódica.