Variações dos metabólitos primários de espécies de Rhodophyta das regiões antártica e subantártica

Resumo

As estações do ano nas regiões polares são bem características, com longos períodos de baixa luminosidade devido à noite polar e a cobertura de gelo durante o inverno, e longos períodos de luz intercalados por poucas horas de escuro durante o verão. Para sobreviver a tais condições, é necessária uma estratégia de adaptação bioquímica e fisiológica das macroalgas, garantindo proteção e alimento na ausência de luz, tornando-as resistentes à ação das ondas, aos congelamentos, à dessecação e à variações de salinidade. Portanto, o principal objetivo do presente estudo é analisar quanti- e qualitativamente os carboidratos de baixa massa molecular, proteínas e pigmentos de espécies de Rhodophyta das regiões antártica e subantártica, avaliando o envolvimento desses metabólitos nas estratégias de sobrevivência em algas submetidas a tais ambientes extremos e suas possíveis variações em diferentes espécies e locais de coleta. A avaliação desses metabólitos consistirá na quantificação de carboidratos totais e redutores, seguida de análises cromatográficas para caracterizar a diversidade química desses compostos, análise da quantidade e qualidade das galactanas sulfatadas e quantificação de amido das florídeas, fornecendo informações sobre o metabolismo de carboidratos em diferentes estratégias de sobrevivência. Desta forma, a quantificação de proteínas e de pigmentos fotossintetizantes juntamente com as análises de carboidratos, contribuirão para o conhecimento sobre a capacidade adaptativa das espécies de Rhodophyta para sobreviver em ambientes extremos.