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Intencionalidade e causalidade na analítica transcendental: estudo sobre a ordem do tempo e a unidade da natureza

Processo: 17/09999-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2018
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2019
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Maurício Cardoso Keinert
Beneficiário:André Rodrigues Ferreira Perez
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Natureza   Intencionalidade   Causalidade   Tempo (filosofia)
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:causalidade | Intencionalidade | juízo | natureza | Tempo | História da Filosofia Moderna

Resumo

A pesquisa que pretendermos desenvolver busca mostrar a centralidade das categorias de Relação na constituição de uma experiência unificada. A nosso ver, esta centralidade se deveria ao fato de que os esquemas destas categorias são apontados por Kant como os elementos constituintes da ordem do tempo, responsável pela posição na existência dos fenômenos, ou dos objetos empíricos singulares referentes a eles, em um todo dinâmico unificado que tem a causalidade como condição: a natureza na unidade nos sentidos formaliter e materialiter. O estabelecimento, porém, desta ordem temporal depende do estabelecimento das relações objetivas de duração, de sucessão e de simultaneidade. Estas relações, segundo Kant, só serão possíveis se o encadeamento dos fenômenos se originar da relação do tempo com a unidade objetiva da apercepção, cuja forma é o juízo. Com isto queremos dizer que a objetividade das relações temporais depende do caráter intencional do ato judicativo, uma vez que é por ele que nossas representações são relacionadas a objetos, ao X do juízo do qual S e P são predicados, de modo a determinar sua intuição ao submeter às regras expressas nas formas lógicas do juízo a apreensão do seu diverso. Seriam, desse modo, precisamente estas regras o fator responsável pelo estabelecimento das relações de subsistência e conexão causal, configurando a causalidade recíproca, a fim de formar uma comunidade dinâmica (de ação recíproca) de substâncias, na qual cada uma é a um só tempo causa e conseqüência da outra na medida em que se determinam reciprocamente em referência aos seus estados. Esta constituição do encadeamento dos fenômenos segundo regras é o que Kant denomina natureza. A unidade desta (objeto das Analogias da experiência), dessa maneira, como unidade a priori, uma vez que se trata de uma unidade produzida pela determinação do tempo, constituindo, assim, a ordem temporal, figuraria, segundo nossa hipótese, como condição de possibilidade da unidade da experiência, entendida como conjunto de objetos empíricos. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
FERREIRA PEREZ, ANDRE RODRIGUES. On the provenience and meaning of the concept ``exponent{''} in Kant's Critique of pure reason. CON-TEXTOS KANTIANOS-INTERNATIONAL JOURNAL OF PHILOSOPHY, n. 14, p. 64-91, . (17/09999-1)
Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
PEREZ, André Rodrigues Ferreira. Referência e Analogia: investigação sobre pressupostos da formulação do princípio de causalidade na Crítica da razão pura. 2021. Dissertação de Mestrado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD) São Paulo.