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O professor nos tempos da técnica: a docência entre a ação e a fabricação

Processo: 19/14645-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2020
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2022
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Educação - Fundamentos da Educação
Pesquisador responsável:José Sergio Fonseca de Carvalho
Beneficiário:Caroline Fanizzi
Instituição Sede: Faculdade de Educação (FE). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):20/01667-2 - O professor nos tempos da técnica: a docência entre a ação e a fabricação, BE.EP.DR
Assunto(s):Filosofia da educação   Professores   Trabalho docente   Psicanálise
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Arendt | Filosofia da Educação | Mal-estar Docente | Psicanálise na Educação | Ricoeur | Filosofia da Educação

Resumo

Na trama discursiva que hoje constitui a educação, parece ser reservado lugar prioritário aos discursos que se situam essencialmente na dimensão técnica e metodológica do ofício. Nesta lógica, o ato educativo e as relações que nele se estabelecem passam a ser percebidos como passíveis de serem mensurados, previstos e controlados, a despeito daquilo que inevitavelmente emerge na dimensão concreta de suas práticas e da ação dos sujeitos neles envolvidos. Em tal contexto, que lugar restaria ao professor? Sob a hegemonia de discursos que pretendem enredar tudo aquilo que se passa no educar, lançamo-nos ao questionamento se seria permitido ao professor ocupar um lugar de enunciação em nome próprio. Na lógica tecnocientífica, a dimensão da experiência na função docente é esvaziada, obliterando a figura que aqui propomos chamar de professor-narrador: um professor a quem revela-se possível transmitir e narrar aquilo que se situa essencialmente na ordem da experiência e da tradição (enquanto solo comum entre diferentes gerações); um professor a quem é possível deixar marcas que o singularizam e historicizam através do ensino. Do aparente não-lugar reservado ao professor e da percepção da educação como processo semelhante à fabricação de um objeto de uso, decorrem uma série de implicações para o ato educativo e os sujeitos nele envolvidos. Questionamo-nos neste ponto se estaria o chamado mal-estar docente - suas queixas, seus adoecimentos, sentimentos de desvalorização e desautorização - vinculado a este esvaziamento do lugar docente e à sua impossibilidade de enunciação. Tais relações, bem como os discursos e mecanismos mobilizados nesse esvaziamento, serão aqui investigados e discutidos a partir da escuta daquele que cotidianamente o vivencia - o professor - e do estudo de importantes autores que se dedicaram às temáticas do presente projeto. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
CAROLINE FANIZZI. É POSSÍVEL O PROFESSAR ANÔNIMO? A VOZ AINDA DISSONANTE DE VIOLETA LEME. Educação & Sociedade, v. 43, . (20/01667-2, 19/14645-0)
CAROLINE FANIZZI; JOSÉ SÉRGIO FONSECA DE CARVALHO. NÃO É NINGUÉM, É O PROFESSOR! SOBRE A FIGURA DOCENTE E O SEU OFÍCIO. Educ. rev., v. 40, . (19/14645-0, 20/01667-2)
Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
FANIZZI, Caroline. O sofrimento docente: apenas aqueles que agem podem também sofrer. 2022. Tese de Doutorado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Educação (FE/SBD) São Paulo.