Análise do Satelitoma e pintura cromossômica em variantes de cor de S. formosus e em duas outras espécies do gênero Scleropages (Teleostei, Osteoglossiformes)

Resumo

O aluno Gustavo A. Toma está desenvolvendo seus estudos em nosso laboratório desde novembro de 2018. Até o momento, variantes de cores de S. formosus foram analisadas por métodos citogenéticos convencionais (Giemsa e bandamento C) e moleculares (mapeamento cromossômico de famílias multigênicas, CGH e Experimentos WCP) juntamente com a análise de delimitação de espécies utilizando UCEs, fornecendo dados importantes e inéditos para as suas relações evolutivas. Assim, considerando o bom andamento do projeto e o envolvimento do aluno nos experimentos, pretendemos nos aprofundar em abordagens citogenômicas, incluindo isolamento e mapeamento de satelitomas utilizando a técnica de FISH multicolor (m-FISH) e posterior microdissecção de cromossomos específicos para construir sondas. Exploraremos as divergências evolutivas diferenciais entre as variantes de cor de S. formosus e nas outras duas espécies de Scleropages com base no mapeamento cromossômico comparativo de DNAs satélites. Além disso, após o mapeamento cromossômico de toda a biblioteca satDNA, pretendemos identificar e isolar cromossomos específicos que carregam grande acúmulo de um satDNA específico. Os experimentos serão realizados no laboratório da Molekulare Zytogenetik (Universitätsklinikum Jena - Alemanha), chefiado pelo Prof. Dr. Thomas Liehr, pesquisador de importância global em microdissecção cromossômica e FISH. Os dados obtidos fornecerão dados relevantes para estimar parâmetros evolutivos diferenciais entre variantes de cores representativas e entre espécies congenéricas, resultantes do isolamento geográfico ocorrido ao longo de milhares de anos. Além dos avanços científicos esperados, esta proposta proporcionará uma oportunidade única para a formação científica do aluno, pela interação com renomado grupo de pesquisa alemã e pelo aprendizado de novas metodologias de estudo atualmente empregadas no laboratório Dr. Liehr. (AU)