Alinhamento de galáxias em estruturas em larga escala até redshift 0.4, observações e simulações

Resumo

Estudos das estruturas em larga escala do Universo revelam que os aglomerados de galáxias se formam em regiões de sobredensidade de matéria, concentrando-se em estruturas filamentares que compõem as teias cósmicas. Nesse contexto, as galáxias também são afetadas e tendem a se alinhar espacialmente com as galáxias mais brilhantes do aglomerado (BCGs), em relação ao ângulo de seu eixo principal (PA). Pesquisas envolvendo observações e simulações têm o objetivo de desvendar os parâmetros que influenciam esses alinhamentos, como a direção da queda de material durante o processo de evolução e crescimento dos aglomerados de galáxias, efeitos de maré e torque gravitacionais, e a distribuição de matéria durante a formação da BCG. Como uma preparação para trabalhos futuros com megatelescópios da próxima geração, assim como o Giant Magellan telescope (GMT), utilizaremos dados precisos do levantamento fotométrico S-PLUS/DR4 e iDR5. Selecionaremos aglomerados inicialmente ricos e de alto contraste com as galáxias de campo, até um redshift de z<0.4, para observar o efeito de alinhamento das galáxias membros e BCGs. Esses catálogos foram previamente preparados utilizando o algoritmo de detecção de aglomerados PZWav, e a detecção de membros pelo algoritmo AME. A busca por aglomerados em processo de fusão pode fornecer fortes evidências para nosso estudo. Além das observações no óptico, empregaremos simulações numéricas como GalSim/Gadget/Arepo para comparar nossos resultados e estudar em detalhes sua evolução ao longo do tempo. Com este estudo, pretendemos fornecer evidências observacionais e numéricas sobre a evolução dos aglomerados e suas BCGs, assim como sua relação com as estruturas filamentares do Universo.