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Antes só do que mal acompanhado: uma nova espécie de caudofoveado limifossorídeo (Mollusca, Aplacophora) revela padrões de distribuição escondidos nas profundezas do Oceano Atlântico

Processo: 21/08573-6
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2021
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2022
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Zoologia - Morfologia dos Grupos Recentes
Pesquisador responsável:Flávio Dias Passos
Beneficiário:Flávio Dias Passos
Instituição Sede: Instituto de Biologia (IB). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Biogeografia  Mollusca  Taxonomia  Malacologia 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Biogeografia | Caudofoveata | Limifossoridae | modelagem de distribuição de espécies | Mollusca | Taxonomia | Malacologia

Resumo

Aplacóforos são habitantes comuns do mar profundo, onde muitos locais permanecem inexplorados acerca da sua biodiversidade. Preenchendo uma lacuna no conhecimento sobre esses animais no Atlântico Sul, Scutopus variabilis sp. nov. (Caudofoveata, Limifossoridae) é aqui descrita; além disso, um modelo de distribuição de espécies (SDM) foi utilizado para elucidar os padrões de distribuição das espécies de Scutopus do Atlântico. Os materiais-tipo de S. megaradulatus Salvini-Plawen, 1972 e S. chilensis Salvini-Plawen, 1972 foram examinados e uma procura por espécimes de Scutopus foi feita em coleções de museus. Scutopus variabilis sp. nov. possui um corpo com forma esguia e fortemente variável, com uma linha de sutura mediana ventral. Dois tipos de escleritos dominantes foram observados no tronco pela microscopia eletrônica de varredura (SEM): um alongado com margens laterais ligeiramente côncavas na porção mediana, e outro com uma base mais longa e mais estreita; a rádula possui até oito fileiras de dentes fortemente esclerotizados, cada um com 12-16 pequenos dentículos. A espécie ocorre em uma grande amplitude batimétrica (40-1300 m), sendo mais abundante entre a plataforma e a faixa superior do talude continental. Fora das áreas onde a espécie foi coletada, áreas de possível ocorrência de S. variabilis sp. nov. foram encontradas na parte sul do Mar do Caribe (para onde S. megaradulatus é registrada) e na costa norte do Brasil; as costas do Golfo do México e do nordeste brasileiro foram verificadas como locais onde a espécie provavelmente não ocorre. Espécies de Scutopus aparentam exibir diferentes padrões de distribuição geográfica: as européias S. ventrolineatus Salvini-Plawen, 1968 e S. robustus Salvini-Plawen, 1970 são conhecidas como sendo amplamente distribuídas, enquanto as não-européias (as americanas S. megaradulatus, S. chilensis e S. variabilis sp. nov., e as japonesas S. schanderi Saito & Salvini-Plawen, 2014 e S. hamatamii Saito & Salvini-Plawen, 2014) ocorrem mais restritamente. Entretanto, padrões de distribuição claros e definidos para algumas dessas espécies são provavelmente obscurecidos por problemas de amostragem, visto que as áreas européias são mais bem estudadas. No Atlântico, as modelagens mostraram que as espécies de Scutopus ocorrem de tal forma que a sobreposição das áreas é minimizada. Grandes esforços de amostragem combinados com descrições detalhadas feitas com base na SEM têm revelado uma malacofauna interessante, abundante e até agora não descrita para águas profundas marinhas do Brasil. (AU)

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