A problemática das cianobactérias nos reservatórios Jaguari e Jacareí (Sistema Cantareira, SP, Brasil)

• Processo: 21/11283-0
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2022
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2024
• Área do conhecimento: Engenharias - Engenharia Sanitária - Saneamento Ambiental
• Pesquisador responsável: Viviane Moschini Carlos
• Beneficiário: Viviane Moschini Carlos
• Instituição Sede: Instituto de Ciência e Tecnologia. Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Sorocaba. Sorocaba , SP, Brasil
• Pesquisadores associados: Eduardo Vicente Pedrós ; Marcelo Luiz Martins Pompêo
• Assunto(s): Reservatórios Sistema Cantareira Qualidade da água Cianobactérias Cianotoxinas Fluorometria
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Cianobactérias | cianotoxinas | reservatórios | Sistema Cantareira | Ecologia de cianobactérias

Resumo

O processo de eutrofização e, consequentemente, a proliferação de cianobactérias potencialmente tóxicas está aumentando em frequência, magnitude e tempo de duração. Esse aumento representa um risco ecológico para os reservatórios, podendo interferir nos serviços ecossistêmicos como os usos múltiplos (boa qualidade da água para abastecimento público, irrigação, pesca e recreação) que esses ecossistemas fornecem. Na Resolução CONAMA 357 de 2005 foram incluídos como indicadores biológicos a clorofila-a, a densidade e o biovolume de cianobactérias, em função da necessidade de monitoramento e controle das florações e, sua consequente, produção de cianotoxinas. Em 4 de maio de 2021, a Portaria n.º 888 alterou o Anexo XX da Portaria de Consolidação n.º 5. Essa nova Portaria n.º 888, estabelece a frequência do monitoramento de cianobactérias a partir da densidade de células estimadas e da análise de cianotoxinas (microcistinas, cylindrospermopsina e de saxitoxinas) no manancial. No entanto, nessas normativas não foram contemplados os aspectos ecológicos das ocorrências das florações e, suas consequentes, produções de cianotoxinas. Esse monitoramento pode ser realizado de forma rápida, utilizando-se instrumentos de medição in situ, como sondas. Assim, o desenvolvimento de pesquisas que incorporem métodos fluorimétricos in situ capazes de medir as concentrações de clorofila-a e ficocianina, são importantes ferramentas para criar um sistema de alerta precoce da presença de cianobactérias. Este projeto de pesquisa tem como metas abrir novas possibilidades de estudos sobre a qualidade da água, empregando cianobactérias como discriminadores e preditores ambientais. Dessa forma, propõe analisar a variação espacial e temporal das cianobactérias e das cianotoxinas nos reservatórios Jaguari e Jacareí (Sistema Cantareira), em função das características físicas, químicas e biológicas da água. Para isso, visa utilizar um fluorímetro e uma sonda multiparâmetros para medidas in situ e determinações em laboratório das variáveis químicas, físicas e biológicas da água, além de análises qualitativas e quantitativas das cianobactérias e das cianotoxinas, a fim de determinar quais são os preditores ambientais responsáveis por essas regulares ocorrências nesses reservatórios. Também visa contribuir na discussão de um novo sistema de alerta da qualidade da água, por meio do uso de sondas com medidas de clorofila-a e ficocianina. Desta forma, esta pesquisa é inovadora no Brasil e também aplicada (monitoramento e manejo), no intuito de subsidiar os gestores e tomadores de decisão na direção de melhores políticas públicas, que de fato contribuam com soluções para impedir e reverter quadros de degradação da qualidade das águas desses reservatórios. (AU)