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Dinâmica de compostos perfluorados em compartimentos ambientais: modelagem, microcosmos e monitoramento

Processo: 21/12427-5
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de agosto de 2022 - 31 de julho de 2024
Área do conhecimento:Interdisciplinar
Pesquisador responsável:Lucia Helena Gomes Coelho
Beneficiário:Lucia Helena Gomes Coelho
Instituição Sede: Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS). Universidade Federal do ABC (UFABC). Ministério da Educação (Brasil). Santo André , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Alexandre Uezu ; Flávia de Sousa Gehrke ; Joanne Boyd Roberts ; Leandro Reverberi Tambosi ; Ricardo Hideo Taniwaki ; Roseli Frederigi Benassi ; Tatiane Araujo de Jesus
Assunto(s):Poluentes orgânicos persistentes  Contaminantes emergentes  Substâncias polifluoroalquílicas  Ácido perfluoro-octanossulfônico  Sulfluramida  Mesocosmos  Caracterização ambiental  Agrossilvicultura 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:diagnóstico | fugacidade | mesocosmos | PFAs | plantios florestais | sulfluramida | Contaminantes de Interesse Emergente

Resumo

Substâncias polifluoroalquílicas (PFAS) são uma classe de produtos químicos sintéticos de alta estabilidade química e propriedades surfactantes, sendo conhecidos como "forever chemicals" por sua recalcitrância. Nas últimas décadas, PFAS têm sido detectados globalmente nos ecossistemas aquáticos e terrestres, sendo o ácido perfluoro-octanosulfônico (PFOS) o composto de maior recorrência. Após serem incluídos no anexo B da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, a utilização dos PFAS foi limitada a fins específicos, dentre eles a fabricação de iscas formicidas. O principal composto para essa aplicação é o N-etil-perfluoro-octanosulfonamida, popularmente conhecido como Sulfluramida e manipulado como princípio ativo no controle químico de formigas cortadeiras no Brasil. Essas formigas (Atta spp. e Acromyrmex spp.) são tidas como as principais pragas florestais brasileiras, comprometendo a produção e tornando economicamente inviável a manutenção dessas culturas. Diversas áreas de mananciais como, por exemplo, do sistema Cantareira, uma das principais fontes de abastecimento de água para a população da região metropolitana de São Paulo, possui cultivos de eucalipto com uso irrestrito de Sulfluramida. A degradação da Sulfluramida no solo gera o PFOS, com elevada mobilidade entre os compartimentos ambientais e alta capacidade de bioacumulação e biomagnificação nos níveis tróficos. Nesse cenário, há uma lacuna na compreensão da dinâmica de disseminação e transformação da Sulfluramida e demais PFAS no ambiente e sua relação com efeitos ecotoxicológicos e alterações fisiológicas e bioquímicas em organismos alvo. Assim, o presente projeto de pesquisa de colaboração entre o Brasil e o Reino Unido propõe estudar a dinâmica dos PFAS em ambientes naturais resultante da aplicação de Sulfluramida em sistemas silviculturais através de modelos matemáticos baseados no conceito de fugacidade ambiental, ensaios em sistemas seminaturais em escala reduzida (microcosmos) e diagnóstico ambiental da presença de PFAS na região do Sistema Cantareira em São Paulo. Os resultados desse estudo pretendem contribuir estabelecer a relação entre o intenso uso desse formicida e a relevância econômica, ambiental e social que essas áreas de plantios florestais no cenário brasileiro. (AU)

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