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Desenvolvimento sustentável e comunidades tradicionais na Amazônia: contribuindo na geração de dados para minimizar o impacto de grandes projetos na saúde da população local (Projeto Sustentamazon)

Processo: 22/10120-2
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de março de 2023
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2025
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Farmácia - Análise Toxicológica
Acordo de Cooperação: CONFAP - Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa
Pesquisador responsável:Fernando Barbosa Júnior
Beneficiário:Fernando Barbosa Júnior
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Pesquisadores associados: Barbarella de Matos Macchi ; Carlos Barbosa Alves de Souza ; Gabriela de Paula Fonseca Arrifano ; Gustavo Rafael Mazzaron Barcelos ; José Rogério Souza Monteiro ; Laurent Ouerdane ; Marcus Augusto de Oliveira ; Rosa Carmen Rodríguez Martín-Doimeadios ; Ycarim Melgaco Barbosa ; Zoyne Pedrero Zayas
Assunto(s):Toxicologia ambiental  Neurotoxicidade  Polimorfismo genético  MicroRNAs  Desenvolvimento sustentável  Saúde da população  Povos ribeirinhos  Amazônia 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:análise de microRNA | mercúrio | neurotoxicidade | Polimorfismos Genéticos | população ribeirinha | Toxicologia Ambiental

Resumo

De um lado, as usinas hidrelétricas (UHE) são um dos maiores recursos econômicos da Amazônia e algumas dessas usinas abastecem outras regiões do país. Por outro lado, essas UHEs podem impactar desproporcionalmente comunidades tradicionais, entre elas, a de ribeirinhos. O Estado do Pará acolhe a quinta maior UHE do mundo, a UHE Tucuruí, e constitui um modelo único para a geração de dados imprescindíveis para sustentar ações de minimização do impacto em populações vulneráveis como as crianças. Nesse contexto, a contaminação mercurial é um dos problemas mais graves na Amazônia, amplificado pelas UHEs ao interferir nos ecossistemas. Embora não exista mineração que use mercúrio na região, constata-se que a exposição de ribeirinhos adultos em Tucuruí é significativamente maior que aquela encontrada em regiões garimpeiras, atingindo o nível de 75 vezes acima daquela recomendada pela OMS. Tendo em vista as crianças, é completamente desconhecida a situação. Dessa forma, a partir de uma abordagem multidisciplinar, isto é; ambiental, nutricional, comportamental, bioquímica e genética, será analisada: 1) a contaminação e a toxicocinética do metal no ambiente objeto de estudo com o foco e nas crianças ribeirinhas; 2) o estado de neurodesenvolvimento, saúde geral e possíveis consequências em longo prazo associados à exposição. Com esses dados, teremos pela primeira vez, um panorama sobre a exposição ambiental ao mercúrio, via dieta, em crianças da região da UHE Tucuruí, constituindo a base para estratégias de intervenção precoce e o desenvolvimento de políticas de saúde pública direcionadas à identificação e adequado manejo de indivíduos de risco que vivem sob as áreas de influência desses grandes projetos. Vale ressaltar a potencial contribuição da presente proposta, especialmente na região Norte, considerando o escasso número de estudos epidemiológicos disponíveis sobre o impacto dos projetos em grande escala, e as características diferenciadas (miscigenação, hábitos alimentares, intoxicação mercurial) e de vulnerabilidade (isolamento geográfico, reduzido nível econômico e educacional) dessas comunidades tradicionais. (AU)

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