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Perfil de adultos usuários de aplicativos de smartphone para monitoramento do nível de atividade física e fatores associados: um estudo transversal

Processo: 23/03019-6
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2023
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2024
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Fisioterapia e Terapia Ocupacional
Pesquisador responsável:Victor Zuniga Dourado
Beneficiário:Victor Zuniga Dourado
Instituição Sede: Instituto de Saúde e Sociedade (ISS). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Baixada Santista. Santos , SP, Brasil
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:mHealth | Epidemiologia da Atividade Física

Resumo

Introdução: Existem atualmente mais de 200 milhões de smartphones no Brasil. O potencial das tecnologias móveis para mudanças favoráveis no comportamento de saúde, como a atividade física, já foi descrito na literatura. Resultados de pesquisas em países desenvolvidos indicam que os aplicativos (APPs) são desenvolvidos para pessoas com melhor escolaridade, mais jovens e com renda mais alta em comparação com os não usuários. No entanto, o perfil dos usuários em países em desenvolvimento como o Brasil é pouco conhecido. Compreender o perfil dos usuários de APP pode facilitar o desenvolvimento voltado para pessoas fisicamente inativas e com maior risco cardiovascular. Além disso, os fatores fisiológicos e funcionais associados ao uso de tais APP são desconhecidos.Objetivos: Caracterizar o perfil dos usuários de APPs para monitoramento do nível de atividade física (NAF) e avaliar as características demográficas, socioeconômicas, clínicas, fisiológicas e funcionais associadas ao uso de APPs de smartphones para monitoramento de atividade física em adultos brasileiros.Métodos: Foram avaliados 176 homens assintomáticos e 178 mulheres (43 ± 12 anos; 27 ± 5 kg/m2). Inicialmente, perguntamos aos participantes sobre o uso atual de um aplicativo de smartphone contendo funcionalidade de monitoramento NAF, como registros de sessões de exercícios e/ou contagem de passos. Em um desenho transversal, investigamos a escolaridade, o nível socioeconômico (Critério Brasil) e os clássicos fatores de risco cardiovascular autorreferidos. Avaliamos diversas variáveis fisiológicas e funcionais como consumo máximo de O2 em esteira (VO2 máx), pressão arterial, composição corporal (impedância bioelétrica), força de preensão palmar e força muscular isocinética do membro inferior dominante. Os participantes usaram um acelerômetro triaxial por 7 dias para quantificar a atividade física diária. Também avaliamos a qualidade de vida relacionada à saúde (WHOQOL BREF), o estresse percebido (escala PSS14) e o ambiente construído (escala NEWS). Comparamos variáveis contínuas pelo teste t de Student e variáveis categóricas pelo teste do Ç2, entre usuários e não usuários do APP. Após análise univariada, incluímos as principais variáveis associadas ao uso de APP em um modelo de regressão logística múltipla.Resultados: Cento e dois participantes (28,3%), sem relação com o sexo, referiram utilizar um APP para smartphone para prática de atividade física no momento da avaliação. Com exceção do estresse percebido e do ambiente construído que não se associaram ao uso de APP, os usuários de APP eram mais jovens e com maior escolaridade, menor risco cardiovascular, melhor nível socioeconômico, melhor qualidade de vida, melhor função cardiorrespiratória, melhor composição corporal, maior aptidão física e mais atividade física moderada a vigorosa na vida diária. Os resultados da regressão logística múltipla mostraram que idade, hipertensão, VO2 máx, nível socioeconômico (Critério Brasil) e qualidade de vida (escore total do WHOQOL BREF) foram as variáveis mais significativamente associadas ao uso do APP.Conclusões: Nossos resultados indicam que os aplicativos de smartphone para monitorar a atividade física são desenvolvidos para adultos mais jovens com melhor nível socioeconômico, menor risco cardiovascular, maior qualidade de vida e maior aptidão cardiorrespiratória. Maiores esforços são necessários para desenvolver APPs baseados em ciência para as pessoas que mais precisam dessa tecnologia, permitindo maior potencial para prevenir resultados de saúde indesejáveis em adultos assintomáticos. (AU)

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