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Menstruação e tecnopolíticas de resistências ativismos feministas e plataformização do ciclo menstrual

Processo: 22/14937-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2023
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2025
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia
Pesquisador responsável:Larissa Maués Pelúcio Silva
Beneficiário:Larissa Maués Pelúcio Silva
Instituição Sede: Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design (FAAC). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Bauru. Bauru , SP, Brasil
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Ativismo menstrual | Etnografia de plataformas | Feminismos latino-americanos | Menstruapps | Plataformização | Tecnopolítica | Antropologia digital e Antropologia da Saúde

Resumo

Neste projeto pretendo discutir a menstruação como um tema tecnopolítico, considerando a formação de grupos de ativismo menstrual em países sul-americanos e o crescente extrativismo de dados biológicos e fisiológicos que ocorre por meio de aplicativos móveis para o monitoramento do ciclo menstrual. O campo investigativo desdobra-se em uma etnografia de plataforma e multi-territorializada com frentes digitais e outras presenciais no território. No ambiente online a atenção investigativa recai sobre o Flo Period & Ovulation Tracker, aplicativo para o controle menstrual, um dos mais populares menstruapps do mercado, soma-se à observação participativa em perfis na plataforma Instagram de dois projetos sul-americanos dedicados à educação e ao ativismo menstrual (Escuela de Educación Menstrual Emanciapadas- Medelín, Colômbia e Educación Menstrual Lunática - Buenos Aires, Argentina), assim como do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde (São Paulo, Brasil). Os dois primeiros são espaços de produção de conhecimento, nos quais a educação menstrual e pensada em sua dimensão política, decolonial e emancipatória. O terceiro é e da ONG brasileira dedicada ao atendimento em ginecologia autônoma, onde também se oferta cursos, palestras e oficinas. Em todas estas organizações será realizada observação participante e efetivamente realizarei as formações ofertadas pelos projetos citados. Interessa-me compreender como esse ativismo se relaciona com agendas feministas do sul global; como pensam, usam, desafiam (ou não) os saberes médicos e tecnológicos, como aqueles ofertados pelos menstruapps. Intento ainda imergir na arquitetura do Flo a fim de compreender quais são os valores de gênero, sexualidade e saúde com os quais operam e como eles circulam entre pessoas que usam o aplicativo. O tratamento dos materiais aciona instrumentos como o software NVivo, a fim de organizar e categorizar conteúdos produzidos tanto pelo Flo, quanto pelos materiais das organizações que serão visitadas. Somo a essa ferramenta a pesquisa etnográfica off-line e a plataformizada. Os dados serão analisados e discutidos a partir dos aportes dos estudos feministas, dos estudos de gênero e dos estudos de plataformas, informados por discussões decoloniais sobre extrativismo de dados e datificação da vida, inspirada na Teoria Ator-Rede. (AU)

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