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Desenvolvimento e aplicação de protocolo de DNA ambiental (e-DNA) como método rápido, preciso e não invasivo para o monitoramento da ictiofauna de água doce

Resumo

Estudos de licenciamento ambiental em ambientes aquáticos são indissociáveis dos estudos da ictiofauna, principalmente em empreendimentos diretamente relacionados a esses ambientes, como usinas hidrelétricas e reservatórios. Contudo, técnicas tradicionais de amostragem de ictiofauna, como rede de espera, arrasto e peneira, são invasivas, levando muitas vezes ao óbito os indivíduos capturados. Além deste impacto sobre a ictiofauna, estas técnicas, por mais variadas que sejam, não garantem total eficácia de amostragem, sendo que, geralmente, espécies raras no ambiente ou recém-introduzidas, muitas vezes não são capturadas. A não detecção de espécies, principalmente as de baixa ocorrência, em processos de licenciamento, pode levar a tomadas de decisões e ações de manejo equivocadas, com prejuízo à ictiofauna e consequentemente ao equilíbrio ambiental. Diversas técnicas moleculares têm sido aplicadas aos estudos ecológicos, sendo o DNA barcode/metabarcode e o DNA ambiental (environmental DNA: e-DNA), consideradas ferramentas com potencial para sanar diversas dificuldades em estudos ambientais. O DNA ambiental consiste em obter, seja a partir da água ou sedimento, amostras de DNA dos organismos de interesse, sem a necessidade de contato com estes, evitando mortandades e aumentando a acurácia na identificação. Partindo desse pressuposto, o objetivo da Ictiológica Consultoria Ambiental é desenvolver e tornar aplicável um protocolo de DNA ambiental a ser utilizado em estudos de ictiofauna relacionados a processos de licenciamento no Brasil. O projeto foi dividido em três etapas, distribuídas entre as Fases I (etapa 1) e II (etapas 2 e 3) do PIPE. No PIPE fase I, foi estabelecida a técnica de extração, amplificação e sequenciamento de DNA proveniente de amostras de água e sedimento de tanques experimentais, com diferentes espécies e densidade numérica (etapa 1). O experimento em tanques visou a demonstração de viabilidade, bem como, a padronização da metodologia a ser empregada nas demais etapas. Na fase II do PIPE, será iniciada a etapa 2 do projeto que consistirá na aplicação do protocolo delineado em riachos da Cuesta de Botucatu, ambiente considerado de transição entre as fases de laboratório e ambiente natural, e na etapa 3, ocorrerá a aplicação da metodologia em rios e represas. Como resultado da Fase II, espera-se desenvolver um protocolo eficaz e replicável, em larga escala de uso, de DNA ambiental para estudos de ictiofauna de água doce, onde através de amostras de água ou sedimento, seja possível inferir quali-quantitativamente a ictiocenose local, substituindo as técnicas tradicionais existentes, melhorando a eficácia dos estudos e diminuindo a mortandade e impactos provenientes das técnicas tradicionais (AU)

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