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Reaproveitamento de garrafas de vidro na construção de muros de taipa como solução sustentável para mitigar o déficit habitacional no Brasil

Processo: 23/14866-1
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2024
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2025
Área do conhecimento:Engenharias - Engenharia de Materiais e Metalúrgica - Materiais Não-metálicos
Proposta de Mobilidade: SPRINT - Projetos de pesquisa - Mobilidade
Pesquisador responsável:Eduardo Bellini Ferreira
Beneficiário:Eduardo Bellini Ferreira
Pesquisador Responsável no exterior: Christian Louter
Instituição Parceira no exterior: Delft University of Technology (TU Delft), Holanda
Instituição Sede: Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). Universidade de São Paulo (USP). São Carlos , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:13/07793-6 - CEPIV - Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação em Vidros, AP.CEPID
Assunto(s):Cerâmicas  Reciclagem  Vidro  Construção civil  Muros  Sustentabilidade  Brasil 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:building system | earthen wall | glass bottles | Housing deficit | sustainable | Cerâmicas

Resumo

A taxa de reciclagem de resíduos de vidro em cada país e continente depende de vários fatores complexos. A riqueza econômica, a taxa de fertilidade, os impostos ambientais e as despesas em P&D afetam positivamente as taxas de reciclagem e de circularidade. No entanto, o tamanho e o sistema logístico das nações podem ser obstáculos importantes para a reciclagem de vidro. Em países como o Brasil e os EUA, a distância entre as instalações de recuperação de materiais e os fornecedores de casco tende a ser maiores que nos países europeus, desencorajando a reciclagem. Por outro lado, o vidro para recipientes é omnipresente e a sua reutilização como componentes de construção é encontrada em todo o mundo. Garrafas de vidro combinadas com solo já foram utilizadas em estruturas de pequena escala. Existe uma tendência predominante de colocar garrafas horizontalmente nas paredes para garantir estabilidade e passagem de luz. A maioria destes projetos é desenvolvida por indivíduos com formação criativa e prática, que os concebem e constroem por conta própria, sem a assistência de especialistas. No entanto, dados abrangentes sobre as propriedades e o desempenho de tais construções permanecem limitados. Em 2021, H. Alkisaei do CEG/TU Delft começou a investigar a reutilização de garrafas de vidro como material de construção. Foram testadas montagens alternativas de múltiplas garrafas de vidro e apresentado um protótipo de coluna de garrafa de vidro, mostrando sua viabilidade para aplicações estruturais de pequena escala. Posteriormente, a aluna de mestrado do CEG, H. Heller, começou a investigar o uso de garrafas de vidro em paredes fixadas por argamassa autoadensável à base de solo local. O Brasil carece de informações detalhadas sobre reciclagem de vidro. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, mais de 1 bilhão de garrafas de vidro são descartadas anualmente no país. No entanto, apenas 20 a 25% do vidro consumido é reciclado. O Brasil se tornou um estudo de caso na tese de Hanna, onde muitas garrafas de vidro são descartadas de forma inadequada, e o setor público reconhece a urgência de reutilizá-las em diferentes aplicações. Do lado brasileiro, o Prof. Eduardo Bellini Ferreira do Departamento de Engenharia de Materiais da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (SMM-EESC/USP) vem trabalhando com diferentes abordagens para a reciclagem de resíduos de vidro, bem como resíduos minerais para fabricação de materiais vítreos. Há interesse mútuo e complementaridade entre os grupos brasileiro e holandês. Assim, esta proposta tem como objetivo explorar o reaproveitamento de garrafas de vidro na construção de paredes de barro, validar os resultados obtidos no desenvolvimento de tijolos utilizando solo holandês e garrafas de vidro e compreender as diferenças nas propriedades desses tijolos e dos tijolos fabricados com solo brasileiro. Uma colaboração formal entre pesquisadores da TU Delft e da FAPESP abordará a sustentabilidade nos dois países. Além disso, pode impactar potencialmente a vida de indivíduos que vivem em condições de moradia inadequadas no Brasil. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o auxílio:
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