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Corpo comum: uma abordagem não antropocêntrica das convergências incontornáveis entre saúde humana e planetária

Processo: 23/11689-1
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Jovens Pesquisadores
Data de Início da vigência: 01 de março de 2025
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2030
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia
Pesquisador responsável:Marisol Marini
Beneficiário:Marisol Marini
Instituição Sede: Faculdade de Saúde Pública (FSP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Gabriela Marques Di Giulio ; Joana Cabral de Oliveira ; José Miguel Nieto Olivar ; Renzo Romano Taddei
Bolsa(s) vinculada(s):25/05442-9 - Entre fraturas coloniais e ambientais: pensando colonialidade e relações multiespecíficas a partir do extrativismo mineral de lítio no vale do jequitinhonha-mg, BP.IC
25/04082-9 - Correlação entre aumento da temperatura e ocorrência de Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), BP.JP
Assunto(s):Antropologia da ciência e tecnologia  Doença crônica  Doenças não transmissíveis  Microbiota  Gestão do ciclo de vida  Mudança climática  Atenção à saúde  Planetologia  Antropoceno 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:doenças crônicas não transmissíveis | Estudos multiespécies | Gestão da vida e da Morte | Microbiota | Mudanças climáticas e Antropoceno | Saúde humana e planetária | Antropologia da ciência e da Tecnologia

Resumo

O presente projeto visa mapear e analisar proposições emergentes que têm produzido ou possibilitado inovações na conceitualização e manejo das transformações, da morte e do morrer, e que estão umbilicalmente relacionadas à reconceitualização da vida e dos limites do humano enquanto entidade universal, individual e autônoma. O propósito é compor novos imaginários e possibilidades de entendimento e intervenções que estejam além das concepções antropocêntricas, pouco emancipatórias e colonizadas pelo imaginário instituído pelas ciências da vida, biomedicina e biotecnologias da morte como fracasso. Para tanto, entre os casos empíricos contemplados aqui encontram-se estudos sobre: a microbiota humana e seus papeis; o empobrecimento da microbiota em determinadas geografias e situações; desequilíbrio da microbiota em pacientes com insuficiência cardíaca avançada, transplantados e com implantes de dispositivos de assistência circulatória; evidências do aumento da incidência de doenças cardíacas e mortalidade devido às mudanças climáticas. Tais objetos têm como solo comum o vínculo impertinente entre saúde humana e planetária, que desafia as estratégias reducionistas e antropocêntricas no cuidado e promoção da saúde. Sugerimos que o entendimento binário entre a vida e a morte está na raiz das soluções salvacionistas propostas para lidar com os problemas de saúde e ecológicos. Sustentada por pesquisa etnográfica e fundamentada em abordagens da Antropologia da ciência e da Tecnologia, a proposta pretende estabecer interlocuções e colaborações com campos de investigação emergentes, tais como: os estudos queer sobre a morte, que trazem luz aos limites do entendimento da vida e da morte em termos binários; as humanidades médicas e ecológicas, que articulam estudos ecológicos críticos e humanidades médicas. Com isso, o projeto permitirá fundar uma linha de pesquisa em Antropologia da Ciência - abordagem ainda inexistente na Faculdade de Saúde Pública, da Universidade de São Paulo. A linha institucionará o desenvolvimento de uma perspectiva etnográfica, interseccional e multidisciplinar, com enfoque na convergência entre saúde humana e planetária, nos processos de transformação, da morte e do morrer. Além da área de pesquisa, o projeto propõe a criação de um núcleo multidisciplinar de estudos, o Laboratório de composição das ciências das transformações (nome provisório). (AU)

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