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Produto fitoterápico biotecnológico de Uncaria tomentosa

Processo: 23/05517-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2025
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2027
Área do conhecimento:Interdisciplinar
Pesquisador responsável:Juliana da Silva Coppede
Beneficiário:Juliana da Silva Coppede
Instituição Sede: Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Campus Ribeirão Preto. Ribeirão Preto , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Adriana Aparecida Lopes ; Ana Maria Soares Pereira ; Bianca Waleria Bertoni ; Fabio Carmona
Assunto(s):Anti-inflamatórios  Cultura de tecidos  Micropropagação vegetal  Unha-de-gato  Biotecnologia vegetal 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Alcalóides oxindólicos | atividade anti-inflamatória | Cultura de tecidos | micropropagaçao | Raizes in vitro | unha-de-gato | Biotecnologia vegetal

Resumo

Em 2022, o Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos (CDER) da agência Food and Drug Administration (FDA) aprovou 37 novos fármacos. Esse número de moléculas aprovadas permanece acima da média histórica desde 1993, de aproximadamente 34 medicamentos por ano (Mullard, 2022). Dentre as principais indústrias farmacêuticas globais, destaca-se a empresa AbbVie, que em 2017 foi apontada mundialmente pelas vendas do Humira (Adalimumab®), um medicamento utilizado para tratamento da artrite reumatoide. Em 2020 este medicamento movimentou 19,8 bilhões de dólares, e em 2021 ultrapassou US$ 20,7 bilhões de dólares. Os principais fatores que impulsionam esse mercado são a crescente incidência da artrite reumatoide somada ao aumento da população geriátrica. Embora existam diversas terapêuticas e medicamentos, desenvolvidos nos últimos anos para tratar os sintomas da artrite reumatoide, o manejo desses medicamentos geralmente está associado a um alto custo. Em agosto de 2022, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), passou a fornecer o medicamento Adalimumabe ao Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, mais de 60 mil pacientes estão usando este medicamento no SUS. Uma alternativa ao tratamento de artrite reumatoide, bem como outras doenças inflamatórias, é a espécie medicinal Uncaria tomentosa (Willd. ex. Schult.) DC., uma planta nativa da região Amazônica. No Brasil a espécie ocorre nos estados do Acre, Amapá, Amazonas e Pará, apresenta potente ação anti-inflamatória e produz alcaloides oxindólicos, os quais parecem estar relacionados a esta atividade (Setty; Sigal, 2005; Rojas-Duran et al., 2012; Azizian et al., 2021). No momento presente, estão sendo comercializados nacionalmente dezenas de fitomedicamentos em diversas formas farmacêuticas. A matéria prima de U. tomentosa, na forma de insumo, é comercializada por várias indústrias, em especial pela Givaudan, sediada na Suíça, e pela Centroflora, uma empresa Brasileira que, recentemente, foi incorporada a Givaudan. Embora essa planta seja utilizada, amplamente, em vários países como fitoterápico, e estando, no Brasil, inserida na lista da RENAME (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais) do SUS (Sistema Único de Saúde), não há, até o momento, cultivo e manejo de U. tomentosa, e toda matéria prima utilizada na produção dos fitoterápicos é obtida de forma extrativista. Outro fator a ser considerado é que a Agencia Europeia de Medicamentos (EMA) em seu documento oficial de 24 de novembro de 2015, conclui que o tamanho amostral dos estudos clínicos humanos, bem como o uso de diferentes extratos, realizados até o momento da elaboração do documento, não permitiram evidencias conclusivas sobre a eficácia clínica de preparações à base da planta Uncaria tomentosa. Sendo assim, o objetivo desse projeto é a caracterização da variabilidade genética e química de indivíduos mantidos no banco de germoplasma in vitro de U. tomentosa com a finalidade de encontrar genótipos elites para o estabelecimento de cultivo e obtenção de um fitomedicamento padronizado. A caracterização da variabilidade genética será realizada por meio do marcador molecular SCoT, enquanto a análise química dos alcaloides oxindólicos será realizada utilizando-se HPLC-UV e a metabolômica, realizada a partir dos dados obtidos através de UPLC-MS, analisados em databases. A execução deste projeto permitirá conhecer a diversidade genética e química dos indivíduos que compõe o Banco de germoplasma, sendo que os acessos mais promissores avaliados quanto a produção de alcaloides oxindólicos. Uma vez identificados, estes indivíduos, serão multiplicados e disponibilizados para o plantio em Farmácia Viva visando a produção de fitoterápicos advindos de plantas cultivadas ou obtidas a partir de processos biotecnológicos. (AU)

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