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Políticas do Cuidar: práticas ecológicas de mulheres indígenas e escrita etnográfica

Processo: 25/01822-1
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2025
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2028
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia - Etnologia Indígena
Pesquisador responsável:Fabiana Maizza
Beneficiário:Fabiana Maizza
Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
Assunto(s):Amazônia  Ecologia  Mulheres indígenas  Parentesco  Política 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Amazonia | cuidar | Ecologia | Mulheres indigenas | Parentesco | Política | Ecologia

Resumo

Este projeto visa repensar aquilo que vem sendo chamado de domínio "doméstico" nos estudos de etnologia indígena, um domínio que foi vinculado às mulheres, ao parentesco e à natureza - em oposição ao domínio público: xamânico, político, cosmopolítico, vinculado aos homens. A hipótese central a ser pensada é que as ações cotidianas das mulheres indígenas, sobretudo no roçado, são políticas, por isso o nome do projeto: políticas do cuidar. O projeto mobilizará o conceito revisitado do cuidar enquanto uma prática ética-estética-política que envolve ação, relação e subjetividade no compor com a Terra. O intuito é reescrever o domínio doméstico como um lócus de agenciamentos políticos e cosmopolíticos, que revelaria as práticas ecológicas das mulheres indígenas enquanto práticas de co-constituição com seres não humanos. A discussão visa dialogar com estudos feministas pós-estruturalistas que seguem as intuições e trabalhos de Lynn Margulis sobre simbiose que afirma que a vida na terra evolui não de forma isolada e competitiva, mas sim através de entrelaçamentos multiespécie onde relações interespecíficas formam os seres em um processo de co-evolução. Esse projeto também tem como grande foco de interesse a escrita etnográfica e as histórias que são contadas, sobretudo a criação de matrizes narrativas tal como discutidas por Despret (2016) onde qualquer teoria acadêmica é uma história que é proposta, uma história que vai possibilitar que outras histórias sejam pensadas e vai determinar tanto o que se escreve como o que se observa. Pretende-se neste projeto criar uma matriz narrativa feminista multiespécie que possibilite que mulheres indígenas sejam descritas nas etnografias de uma forma mais próxima como se autodescrevem: "mulheres guerreiras da ancestralidade", "mulheres biomas", como vemos nas articulações políticas contemporâneas da chamada 'bancada do cocar'. (AU)

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