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Definicao de intervalos de coleta de amostras biologicas em estudos de biodisponibilidade relativa e bioequivalencia e avaliacao de sua influencia nos resultados destes estudos.

Processo: 06/06729-9
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2007
Data de Término da vigência: 31 de março de 2008
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Farmácia
Pesquisador responsável:Valentina Porta
Beneficiário:Valentina Porta
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Biodisponibilidade  Bioequivalência 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Biodisponibilidade | Bioequivalencia | Intervalo De Coleta | Bioequivalência de medicamentos

Resumo

Os ensaios de bioequivalência são realizados em humanos, por meio da administração dos medicamentos a serem avaliados seguida pela determinação das concentrações plasmáticas, séricas ou sangüíneas do fármaco ou metabólito ativo em função do tempo. A partir das curvas de concentração em função do tempo obtidas determinam-se os parâmetros farmacocinéticos utilizados na avaliação da bioequivalência e que são, basicamente, a concentração sanguínea máxima do fármaco ou metabólito, e a área sob a curva de decaimento sanguíneo.Os protocolos de ensaios de bioequivalência devem ser elaborados visando reduzir a variabilidade inerente aos mesmos, de forma que quaisquer diferenças detectadas entre os parâmetros farmacocinéticos possam ser atribuídas aos produtos em estudo. Para tal, recomenda-se a adoção de ensaios do tipo aberto, cruzado e aleatório. Além disso, estes ensaios são normalmente realizados em voluntários sadios, com idade entre 18 e 55 anos e peso variando no máximo 20% em relação ao ideal.Outro ponto importante que deve ser considerado no planejamento do ensaio de bioequivalência é o cronograma de coleta de amostras, que deve prever intervalos adequados para permitir estimativa da concentração sanguínea máxima do fármaco ou metabólito e da área sob a curva de decaimento sanguíneo, sendo que o intervalo entre as coletas pode ser aumentado durante a fase pós-absorção, mas não deve ser superior à meia-vida de eliminação do fármaco ou metabólito. Cronogramas de coleta inadequados podem ser responsáveis por resultados inconclusivos, em função de imprecisão na determinação dos parâmetros farmacocinéticos utilizados na avaliação da bioequivalência. Assim, intervalos muito grandes entre as coletas podem impossibilitar a determinação da concentração sanguínea máxima do fármaco ou metabólito ativo, além de introduzir erros muito grandes no cálculo da área sob a curva de decaimento sanguíneo. Por outro lado, intervalos muito pequenos expõem os sujeitos da pesquisa a maiores riscos e desconfortos, em função do aumento do número de coletas, além de resultarem em aumento de custos tanto para a coleta quanto para a quantificação do fármaco ou metabólito ativo nas amostras biológicas.Desta forma, o cronograma de coleta de amostras ideal, tanto do ponto de vista ético quanto do ponto de vista econômico, é aquele que apresenta o menor número possível de coletas (ou o maior intervalo possível entre as coletas) sem, no entanto, comprometer a determinação dos parâmetros farmacocinéticos e a conclusão final em relação à bioequivalência ou não entre os produtos.Existe no Brasil uma grande demanda por ensaios de bioequivalência, tanto para registro de medicamentos genéricos e para revalidação de registros de medicamentos similares, quanto no desenvolvimento de novos produtos farmacêuticos. Vinte e cinco centros de bioequivalência atuam no país, executando este tipo de ensaio. A redução do número de coletas e, conseqüentemente, do número de amostras por ensaio, traria grandes benefícios, tanto éticos quanto financeiros. Neste sentido, um estudo em que se avalie estatisticamente a confiabilidade dos dados obtidos a partir de diferentes cronogramas de coleta torna-se útil para mensurar o impacto dos intervalos de coleta no resultado final do estudo e pode trazer benefícios para os sujeitos de pesquisa incluídos nos ensaios de bioequivalência, pela possibilidade de redução dos riscos aos quais estão expostos, e para os pesquisadores da área de Biofarmácia, pela possibilidade de redução de custos associados aos ensaios.O fármaco eleito para realização do presente projeto foi o cefadroxil, por apresentar características farmacocinéticas e farmacodinâmicas ideais para este tipo de estudo, como alta biodisponibilidade, baixa variabilidade intra-individual e ampla faixa terapêutica. Além disso, existem outras vantagens como alta estabilidade do fármaco em matrizes biológicas e facilidade no método de quantificação. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
KANO, EUNICE KAZUE; CHIANN, CHANG; FUKUDA, KAZUO; PORTA, VALENTINA. Effect of Different Sampling Schedules on Results of Bioavailability and Bioequivalence Studies: Evaluation by Means of Monte Carlo Simulations. DRUG RESEARCH, v. 67, n. 8, p. 451-457, . (06/06729-9)