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Evolução da função muscular do assoalho pélvico no pós-parto

Processo: 10/10311-5
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2011
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2013
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Fisioterapia e Terapia Ocupacional
Pesquisador responsável:Adriano Dias
Beneficiário:Adriano Dias
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FMB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Angélica Mércia Pascon Barbosa ; Liamara Cavalcante de Assis
Assunto(s):Assoalho pélvico  Função muscular 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Assoalho pélvico | Função Muscular | Treinamento muscular | Fisioterapia em Uroginecologia

Resumo

No pós-parto, as modificações músculo-esqueléticas adquiridas ao longo da gestação e as alterações anatômicas e funcionais do assoalho pélvico promovidas durante o período expulsivo do parto podem regredir gradualmente, retornando ao estado pré-gestacional, com subseqüente restauro do mecanismo da continência urinária. Esta regressão pode ocorrer entre dois e doze meses após o parto, porém, os sintomas encontrados na gestação podem persistir. As perdas urinárias podem ser prevenidas antes e durante a gestação, ou no período pós-parto, através da fisioterapia, com exercícios de contração perineal para o fortalecimento e manutenção da musculatura. Exercícios perineais realizados durante a gestação resultam em aumento da função muscular do assoalho pélvico e redução das perdas urinárias durante a gestação, com manutenção de ganho até 12 meses após o parto. Estudo realizado por Assis et. al., utilizando um manual de orientação fisioterapêutica com exercícios perineais a serem realizados durante a gestação, mostrou a efetividade da atividade, resultando em aumento da função muscular do assoalho pélvico e redução das perdas urinárias. Houve uma relação direta entre a presença de perdas urinárias e a função muscular do assoalho pélvico, visto que quanto maior foi o valor da função muscular do assoalho pélvico registrado pela perineometria, menor foi a incidência de perdas urinárias. Partindo deste trabalho, o objetivo é verificar a evolução da função muscular do assoalho pélvico no 1º e 2º ano pós-parto nas mulheres que fizeram exercícios perineais e naquelas que não fizeram os exercícios durante a gestação; verificar a ocorrência de perdas urinárias, e se os exercícios realizados durante a gestação preveniram as perdas urinárias no pós-parto. O delineamento da pesquisa a ser desenvolvido é um estudo de coorte, que será realizado nas Unidades Básicas de Saúde do município de Assis e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob o número 319/2009. Parte da amostra do estudo é de conveniência, composta por 87 mulheres que participaram de um ensaio clinico aleatorizado pragmático anterior desenvolvido pelos mesmos pesquisadores, onde as mulheres realizaram exercícios perineais durante a gestação, que serão reconvocadas com um ano pós-parto, e, também, 29 novas mulheres da rede pública que não participaram do projeto anterior, com os mesmos critérios de inclusão do estudo anterior: ter entre 20-35 anos de idade, sem diagnóstico de diabete ou hipertensão arterial, e que sejam também primíparas com 1 ano pós-parto, selecionadas aleatoriamente da base de registro de gestantes do município. As 116 mulheres serão, então, divididas em 4 grupos: G1 - 29 mulheres, que realizaram os exercícios perineais durante a gestação, de forma supervisionada pelo fisioterapeuta mensalmente e diariamente em casa; G2 - 29 mulheres, que realizaram os exercícios perineais durante a gestação diariamente em casa; G3 - 29 mulheres, que não realizaram os exercícios perineais durante a gestação; e G4 - 29 mulheres, que não participaram do estudo anterior; e será solicitado à todas a assinatura do termo de consentimento. No primeiro encontro (um ano pós-parto), as participantes responderão a um questionário inicial contendo informações pessoais e condições pré-gestacionais, parto e pós-parto. Após responderem o questionário, serão submetidas à avaliação funcional do assoalho pélvico e a perineometria. Os mesmos procedimentos serão adotados nas avaliações de 18 e 24 meses pós-parto. Após a avaliação, todas as participantes receberão a ficha de controle de perdas urinárias, e serão instruídas sobre como anotar as perdas urinárias, quando presentes. Essas fichas serão preenchidas diariamente, e entregues mensalmente ao profissional responsável. Esperamos que a função muscular do assoalho pélvico não diminua após o parto nas mulheres que realizaram os exercícios perineais durante a gestação, e que essas mulheres não apresentem perdas urinárias após o parto. (AU)

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