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Receptores glicocorticoides e apoptose celular durante a corticoterapia: correlação clínico-laboratorial

Processo: 98/10680-7
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Jovens Pesquisadores
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 1998
Data de Término da vigência: 31 de março de 2003
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Carlos Alberto Longui
Beneficiário:Carlos Alberto Longui
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho. São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Receptores de glucocorticoides  Apoptose  Leucemia  Esteroides  Autoimunidade 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Apoptose | Autoimunidade | Esteroides | Glicocorticoides | Leucemias | Receptores
Publicação FAPESP:https://media.fapesp.br/bv/uploads/pdfs/Investindo...pesquisadores_557_368_369.pdf

Resumo

Os glicocorticoides são frequentemente utilizados em doenças autoimunes, alérgicas ou neoplásicas, sendo a resposta clínica a estes hormônios extremamente variável. Baixa eficácia terapêutica (resistência natural ou adquirida) ou efeitos colaterais desproporcionais a dose empregada (síndrome de lise tumoral, hipercoagulabilidade sanguínea, etc.) representam extremos do espectro de sensibilidade. O efeito dos glicocorticoides depende de sua ação através de receptores citoplasmáticos e da expressão relativa entre as duas isoformas do receptor (alfa e beta). A quantificação das isoformas representa um índice prognóstico da sensibilidade celular ou tecidual a esses esteroides. Uma das ações biológicas mais importantes dos glicocorticoides corresponde à sua capacidade de redução da proliferação celular e em grupos celulares específicos serem capazes de ativar o mecanismo de morte programada conhecido por apoptose. Os precursores do sistema hematopoiético, os fibroblastos e outros tecidos derivados de células mesenquimais, habitualmente tem sua maquinaria de autodestruição ativada quando tratados com glicocorticoides e representam tecidos alvo durante a corticoterapia de diversas doenças sistêmicas. A quantificação da capacidade de sobrevida, proliferação e apoptose das células, correlacionadas à expressão dos receptores glicocorticoides pode oferecer um valioso índice biológico de sensibilidade a estes hormônios, permitindo com isto, maior eficiência na escolha da dose e mesmo na indicação da corticoterapia. O tipo e grau de expressão dos receptores glicocorticoides serão determinados por um "western blotting" quantitativo, empregando anticorpos específicos para a fração carboxiterminal de cada isoforma dos receptores (alfa ou beta). A proliferação e capacidade de sobrevida celular serão estudadas por meio da incorporação de timidina triciada e pela capacidade das células vivas em metabolizar compostos (MTT) que resultam em produtos que podem ser quantificados por calorimetria. A apoptose será avaliada em linfócitos e linfoblastos por meio de um ELISA capaz de quantificar a liberação de histonas a partir do núcleo celular durante a morte induzida por corticoterapia. A identificação da apoptose, bem como dos receptores glicocorticoides, em tecidos provenientes de biopsias renais será realizada por meio de ensaios imunohistoquímicos. A utilização de deoxinucleotídeos ligados à fluoresceína permitirá reconhecer a fragmentação do DNA presente durante a apoptose celular. A imunohistoquímica dos receptores utilizará os mesmos anticorpos empregados no "western blotting". A sensibilidade dos linfócitos ou linfoblastos ao tratamento com dexametasona será ainda avaliada de forma quantitativa através do uso de um "cell sorter" (FACS), o que permitirá uma análise precoce e acurada da resposta celular ao glicocorticoide, visto que o após apenas 6 horas de tratamento já é possível identificar as alterações lipídicas na membrana celular através da utilização de anticorpos anti-fosfatidilserina (annexin-V). Este estudo foi desenhado de modo a permitir uma correlação entre a resposta clínica, expressão dos receptores e grau de apoptose presentes durante a corticoterapia de pacientes portadores de neoplasias linfoproliferativas ou doenças imunes com comprometimento renal. Os achados clínicos serão correlacionados à quantidade de receptores expressos em células de tecidos afetados pelo processo patológico antes e durante o tratamento corticoterápico. Isto permitirá identificar o efeito biológico destes hormônios através da identificação do grau de apoptose celular durante o tratamento. A análise conjunta das informações poderá definir padrões úteis no estabelecimento de índices prognósticos durante a corticoterapia, extremamente importantes para a indicação dos glicocorticoides como parte do protocolo terapêutica ou mesmo sugerir a dose relativa a ser empregada. Estes conhecimentos teriam uma larga aplicabilidade clínica, visto que inúmeras patologias são potencialmente tratáveis com glicocorticoides. (AU)

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