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Diverso e desigual: o Brasil escravista na década de 1870

Processo: 09/07976-8
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2009
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2010
Área do conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Economia
Pesquisador responsável:Renato Leite Marcondes
Beneficiário:Renato Leite Marcondes
Instituição Sede: Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Assunto(s):Cabotagem  Exportação  Comércio marítimo 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:cabotagem | comércio marítimo | Desigualdades Regionais | Economia Cafeeira | Exportações | posse de cativos | História econômica e demográfica

Resumo

A discussão da formação das desigualdades regionais no Brasil mostra a existência de grandes divergências entre os principais autores com relação ao momento de sua consolidação. A interpretação clássica de Celso Furtado e de seus discípulos revela a importância da passagem do século XIX para o XX como um período de aprofundamento das disparidades entre as regiões. De outro lado, existem algumas contribuições que já verificaram diferenças elevadas entre as províncias durante o século XIX. Além do debate do momento, as distinções entre as áreas podem se conformar de naturezas diversas das apontadas pela visão clássica, ou seja, não tão-somente entre o setor exportador e o de subsistência ou em virtude do dinamismo maior ou menor do primeiro. A partir desse quadro construímos um panorama mais preciso das desigualdades regionais, assentado em informações econômicas e demográficas para a década de 1870. As principais fontes consistiram nos registros do comércio marítimo e na matrícula ou classificação dos escravos. Concentramos os nossos esforços na formação de uma visão de conjunto do país. Além dos informes provinciais mais agregados, efetuamos, no plano da documentação dos cativos, a consideração de uma amostra de municípios. Levantamos um total de 69 localidades de diferentes partes do país - Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Piauí, Maranhão, Pará e Goiás -, compreendendo pouco mais de 112 mil escravos e 25 mil escravistas. Essa amostragem representou 7,3% dos escravos matriculados no primeiro lustro da década de 1870. Para embasar a nossa análise do comércio e da posse de cativos realizamos uma caracterização econômica e demográfica mais geral das áreas em questão.Os resultados demonstram uma diversidade bastante expressiva do saldo de comércio marítimo per capita das províncias e da distribuição da propriedade cativa dos municípios em estudo naquele momento. As desigualdades regionais já se revelaram bem definidas, porém ainda se marcaram como menores do que as observadas para a segunda metade do século XX. As conformações das disparidades divergiram fortemente da visão clássica. As diferenças entre as localidades e/ou províncias demarcaram-se em função das condições geográficas, técnicas, tipo de cultura, intensidade de cultivo, urbanização e proximidade dos mercados. Destarte, não podemos enquadrar a complexidade das realidades locais e provinciais na interpretação tradicional. (AU)

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