Construção da saúde pública e do ensino médico em São Paulo entre 1891 e 1930: novos modos de atendimento e produção de conhecimento

• Processo: 12/07518-2
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
• Data de Início da vigência: 01 de julho de 2012
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2013
• Área do conhecimento: Ciências Humanas - História - História das Ciências
• Pesquisador responsável: Márcia Regina Barros da Silva
• Beneficiário: Márcia Regina Barros da Silva
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): História do Brasil História da medicina Faculdades de medicina Saúde pública Publicações de divulgação científica Produção científica Livros
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Faculdade de Medicina de São Paulo | História da ciência | História da medicina | História da saúde pública | História do Brasil | História do Ensino Médico | História da medicina

Resumo

Este livro trata das transformações que ocorreram no âmbito da saúde em São Paulo entre o final do século XIX e início do século XX. Nele o objetivo principal foi o de compreender como as relações estabelecidas na nova realidade republicana que se estabelecia naquele momento serviram para configurar outro percurso para a história da profissão e do atendimento médico na cidade. Foram examinadas propostas de ensino surgidas entre 1891, quando da primeira lei que previu a instalação de uma escola médica no estado, e 1933, ano de criação da segunda faculdade em território paulista. Ocorriam neste momento diversas modificações no universo médico científico, tanto nas maneiras de organizar os espaços de atuação profissional, quanto na inserção do tema da saúde no contexto urbano. Criavam-se novas instituições como o Serviço Sanitário de São Paulo, a Sociedade de Medicina e Cirurgia e as primeiras revistas médicas paulistas, além disso, outras instituições passavam por modificações, como o Hospital da Santa Casa de Misericórdia e seus serviços. Esse foi o período também da criação, em 1912, da Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, intimamente relacionada com as transformações indicadas. É possível perceber como resultado deste amplo processo de transformações que após a primeira turma de formados em 1918 o universo médico se ampliou, com a criação de várias novas revistas, com a consolidação do trabalho laboratorial e a ascensão da medicina experimental, esta tomada agora como forma hegemônica de produção de conhecimento. Em resumo, buscou-se avaliar neste trabalho como os processos de configuração do Estado e da república brasileira estiveram intimamente relacionados com as novas definições científicas de saúde e educação estabelecidas em diversos locais e que em São Paulo serviram para caracterizar também uma nova fase para o trato com a saúde pública e com o atendimento individual. (AU)