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Comparative study of the accuracy of different techniques for the laboratory diagnosis of schistosomiasis mansoni in areas of low endemicity

Processo: 15/12818-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2015
Data de Término da vigência: 29 de fevereiro de 2016
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Pesquisador responsável:Maria Cristina Carvalho Do Espírito Santo
Beneficiário:Maria Cristina Carvalho Do Espírito Santo
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Epidemiologia  Técnicas e procedimentos de laboratório  Doenças endêmicas  Doenças parasitárias  Doenças transmissíveis  Schistosoma mansoni  Publicações de divulgação científica  Artigo científico 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Brazil | epidemiology | Laboratorial diagnosis | Low endemicity areas | prevalence | Schistosomiasis mansoni | Moléstias Infecciosas e Parasitárias

Resumo

A esquistossomose se constitui em grande problema de saúde pública, sendo que estimativas apontam para 200 milhões de pessoas infectadas no mundo e 700 milhões em áreas de risco de infecção. No Brasil, atinge 19 unidades federadas, sendo que as prevalências variam de estado para estado. Estima-se cerca de seis milhões de indivíduos infectados e 25 milhões expostos aos riscos de contrair parasitose no país. O município de Barra Mansa, Rio de Janeiro, Brasil, apresenta uma prevalência estimada de 1%. As áreas de baixa endemicidade (ABE) representam um novo desafio para o controle dessa helmintose, pois cerca de 75% dos indivíduos infectados são assintomáticos e cursam com infecções de baixa carga parasitária (<100 ovos por grama de fezes), ocorrendo uma diminuição da sensibilidade das técnicas parasitológicas de fezes, que são referência para o diagnóstico laboratorial dessa helmintose. Comparar o desempenho das técnicas de Kato-Katz (KK) e Hoffman, Pons e Janer (HH), do ensaio de ELISA-IgG e ELISA-IgM, da técnica de Imunofluorescência Indireta (RIFI), da técnica de qPCR TaqMan® em amostras de fezes e de soro (qPCR-fezes e qPCR-soro), tendo como referência a Reação Periovular (RPO), por meio de inquérito epidemiológico para obtenção de amostras de fezes e soro de indivíduos randomizados residentes nos bairros de Cantagalo, Nova Esperança, Santa Clara, São Luiz e Siderlândia, Barra Mansa/RJ. Estudo de corte transversal, no período de abril a dezembro de 2011, de amostragem probabilística, sendo coletadas 610 amostras de fezes e 612 amostras de soro. As técnicas de investigação diagnóstica laboratorial foram: KK e HH, ELISA-IgG e ELISA-IgM, RIFI-IgM, RPO, qPCR-fezes e qPCR-soro. RESULTADOS: Observaram-se os seguintes resultados, obtidos das diferentes técnicas diagnósticas: KK e HH, 0,8% (n=5); ELISA-IgG, 11,6% (n=71); ELISA-IgM, 21,4% (n=131); RIFI-IgM, 15,8 (n=97); RPO, 5,4% (n=33); qPCR-fezes, 9,8% (n=60); qPCR-soro, 1,5% (n=9). A maior positividade foi obtida no ensaio ELISA-IgM (21,4%), enquanto as técnicas de KK e HH foram as que menos denunciaram a presença da infecção (0,8%). Na comparação com a RPO, exceto a qPCR-soro, todas as outras técnicas apresentaram diferença estatisticamente significante na positividade (p<0,05) e boa acurácia (82% a 95,5%), porém baixa concordância, sendo a melhor com ELISA-IgG (Kappa=0,377) e RIFI (Kappa=0,347). Na associação entre as variáveis sociodemográficas e as técnicas diagnósticas utilizadas, observou-se diferença estatisticamente significante (p=<0,05) entre a variável residir no bairro Santa Clara, exceto com a técnica de qPCR-soro. As taxas de positividade das técnicas parasitológicas ficaram muito aquém daquelas apresentadas pelas outras técnicas. Vigilância inadequada nas áreas de baixa endemicidade de esquistossomose pode resultar na transformação das mesmas em áreas de maior endemicidade. Dessa forma, faz-se necessária uma reflexão no sentido de se desenvolver uma proposta de controle desta helmintose, para as áreas de baixa endemicidade, a fim de se promover a equidade das ações de vigilância para as populações dessas localidades e um caminho para eliminação da esquistossomose. Este estudo apresenta uma perspectiva de controle que aponta para a possibilidade de utilização de ferramentas laboratoriais combinadas para a identificação de casos nas áreas de baixa endemicidade (AU)

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