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Gasto incremental em saúde e dias perdidos de atividade normal em indivíduos com distúrbios mentais: resultados do estudo São Paulo Megacity.

Processo: 15/16340-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2015
Data de Término da vigência: 31 de março de 2016
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Saúde Coletiva - Epidemiologia
Pesquisador responsável:Alexandre Dias Porto Chiavegatto Filho
Beneficiário:Alexandre Dias Porto Chiavegatto Filho
Instituição Sede: Faculdade de Saúde Pública (FSP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):São Paulo  Saúde mental  Gastos em saúde  Depressão  Ansiedade 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:ansiedade | depressão | Distúrbios mentais | gastos em saúde | São Paulo | Saúde Mental

Resumo

O recente crescimento na prevalência de distúrbios mentais em países em desenvolvimento tem aumentado o interesse em identificar algumas das suas consequências socioeconômicas. O presente estudo tem como objetivo analisar a associação da presença de depressão, ansiedade e qualquer doença mental com os gastos incrementais em saúde e com os dias perdidos de atividade normal. Metodologia. Foram analisados os resultados de uma amostra representativa de residentes da Região Metropolitana de São Paulo (n = 2.920), parte da World Mental Health (WMH) Survey Initiative, coordenada pela Organização Mundial de Saúde e realizada em 28 países. O instrumento utilizado para obter os resultados individuais foi a versão da WMH do questionário Composite International Diagnostic Interview 3.0 (WMH-CIDI 3.0), que fornece diagnósticos psiquiátricos de acordo com o critério do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-IV). As análises estatísticas foram feitas por meio de modelos multinível com mínimos quadrados generalizados. As características sociodemográficas de controle incluídas foram renda, idade, escolaridade e estado civil. Resultados. Depressão, ansiedade e qualquer doença mental estiveram consistentemente associadas com maior gasto incremental em saúde e dias perdidos de atividade normal. Depressão esteve associada com um gasto incremental de saúde de R$308,28 (IC 95%: R$194,05-R$422,50), ou US$252,48 em termos de poder de paridade de compra (PPC). Ansiedade e qualquer doença mental estiveram associadas com um menor, mas ainda estatisticamente significativo, gasto em saúde anual de R$177,82 (IC 95%: 79,68-275,97) e R$180,52 (IC 95%: 91,13-269,92), respectivamente. A maior parte dos gastos incrementais em saúde foram referentes a medicamentos. Depressão esteve também independentemente associada a um maior gasto incremental em saúde do que as duas doenças crônicas mais prevalentes (hipertensão e diabetes). Conclusão. O fato de indivíduos com distúrbios mentais apresentarem gastos incrementais em saúde consistentemente maiores do que o resto da população é notável dada a gratuidade do acesso à saúde no Brasil. Os resultados indicam a importância crescente da saúde mental como problema de saúde pública em países em desenvolvimento. (AU)

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