Estudo prospectivo aleatorizado comparando a drenagem venosa do enxerto e a função renal após o transplante de fígado convencional ou piggyback

• Processo: 15/14725-2
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2015
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2016
• Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Cirurgia
• Pesquisador responsável: Paulo Celso Bosco Massarollo
• Beneficiário: Paulo Celso Bosco Massarollo
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Transplante de fígado Lesão renal aguda
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Acute Kidney Injury | Liver transplantation | Methods | Randomized controlled trials | Renal Insufficiency | Venous pressure | transplante de fígado

Resumo

Introdução: Este estudo prospectivo aleatorizado comparou o bloqueio de efluxo venoso hepático e a função renal após o transplante de fígado convencional (n=15) ou piggyback (n=17). Método: A pressão da veia hepática livre (PVHL) e a pressão venosa central (PVC) foram medidas após a revascularização do enxerto. A creatinina sérica (Cr) foi medida no pré-operatório, do 1º ao 7º dia pós-operatório (PO) e no 14º, 21º e 28º PO. A prevalência de insuficiência renal aguda (IRA) até o 28º PO foi analizada pelo critério RIFLE-AKIN. A comparação das medidas longitudinais da função renal foi realizada utilizando Equações de Estimação Generalizadas (GEE).Resultado: Gradiente PVHL-PVC > 3 mm Hg foi encontrado em 26,7% (4/15) no grupo convencional e 17,6% (3/17) no piggyback (p=0,68). A mediana do gradiente PVC-PVHL foi de 2 mm Hg (0-8 mm Hg) no grupo convencional e 3 mm Hg (0-7 mm Hg) no piggyback (p=0,73). Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos convencional (1/15) e piggyback (2/17) quanto ao desenvolvimento de ascite maciça (p=1,00). A média marginal estimada da creatinina foi signicantemente maior no grupo convencional (2,14 +/- 0,26 vs. 1,47 +/- 0,15 mg/dL; p=0,02). O método convencional apresentou uma prevalência maior de IRA grave durante os primeiros 28 dias de pós-operatório (OR=3,207; 95% IC, 1,010 a 10,179; p=0,048). Conclusão: Pacientes submetidos a transplante de fígado pelos métodos convencional e piggyback apresentam resultados semelhantes em relação à drenagem venosa do enxerto. A técnica convencional com desvio veno-venoso aumenta significativamente o risco de disfunção renal pós-operatória. (AU)