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Na trama das identidades: vida e trabalho no corte de cana em Sergipe

Processo: 15/26069-2
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2016
Data de Término da vigência: 31 de março de 2017
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia - Sociologia Rural
Pesquisador responsável:Jaime Santos Júnior
Beneficiário:Jaime Santos Júnior
Instituição Sede: Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS). Universidade Federal do ABC (UFABC). Santo André , SP, Brasil
Assunto(s):Identidade social  Cortadores  Cana-de-açúcar  Trabalho  Indústria sucro-alcooleira  Condições de trabalho 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Identidades | migração | setor sucroalcooleiro | trabalho | sociologia das identidades

Resumo

Esta tese tem como objetivo principal analisar o modo como se erigem as identidades entre trabalhadores cortadores de cana-de-açúcar, cuja atividade apresenta dois traços distintivos, a saber: a sazonalidade do vínculo empregatício e a ocorrência das migrações. Ao fixar o interesse analítico no tema dos elos entre a experiência do trabalho e os processos de construção identitária, procura-se trazer a lume a trama de ações que envolve o exercício da reflexividade em face dos constrangimentos da estrutura. Importa, nesse sentido, sublinhar não apenas às condições de trabalho que o tornam precário, mas recuperar a dimensão da agência manifesta nos significados atribuídos às suas ações a partir desse contexto. Para tanto, a fundamentação teórica nutre-se de uma microssociologia das relações cotidianas que compreende as identidades em seu aspecto contingente, enquanto processo. A pesquisa de campo ocorreu em Sergipe, que é uma fronteira de expansão dessa atividade econômica e pólo de atração para trabalhadores de outras localidades. A composição da amostra dos casos incluiu trabalhadores de cinco usinas existentes no estado. O desenho metodológico, de tipo qualitativo, fundamentou-se em entrevistas biográficas com trabalhadores que estavam no corte da cana, além da observação direta dos espaços de trabalho e de vida extra-trabalho, bem como material quantitativo sobre o crescimento da área plantada, da produção e do perfil dos efetivos das usinas. Os resultados mostram que, mesmo em condições adversas os trabalhadores atribuem significados diversos à sua conduta, que não se resume à imagem de passividade com que por vezes são vistos. As identidades não são simples decalque da posição social. A maneira pela qual eles tecem representações acerca do contexto de vida e trabalho deixa entrever um campo de tensões prenhe de ações de resistência e confronto. (AU)

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