Serviço social e a reconstrução de sua instrumentação técnico-operativa

• Processo: 15/24276-0
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2016
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2017
• Área do conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas - Serviço Social - Fundamentos do Serviço Social
• Pesquisador responsável: Maria Lucia Rodrigues
• Beneficiário: Maria Lucia Rodrigues
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Sociais. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Prática profissional Serviços de atendimento Publicações de divulgação científica Produção científica Livros
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Atendimento Socioindividual | grupo | Instrumentação técnico-operativa | prática profissional | serviço social | Serviço Social

Resumo

A instrumentação técnico-operativa do Serviço Social é uma questão que enseja debates e reflexões no centro da categoria profissional. O livro em questão, resultado de duas teses de doutorado, defendidas na PUC/SP, busca trazer elementos que possam respaldar tais discussões, bem como, que sinalize novos caminhos para uma antiga demanda da profissão, qual seja, a dimensão técnico-operativa, sem, entretanto, fazê-la de maneira fragmentada, mas sim, numa perspectiva indissociável entre as dimensões ético-política e teórico-metodológico. Em sua abertura apresenta a contribuição da Profa. Dra. Maria Lúcia Rodrigues, que traz questionamentos pertinentes acerca das mediações capazes de referenciar o trabalho cotidiano do/a assistente social, bem como, sinaliza para as dificuldades dos/as profissionais decorrentes da ausência de fundamentos correlatos ao exercício da ação profissional. Destaca a importância do reconhecimento de diferentes dimensões interventivas e investigativas da profissão que exigem conhecimentos e visões plurais na busca de ampliação de seus horizontes. O capítulo de abertura aborda a construção do conceito de atendimento sócio individual, visto este como uma prática específica do Serviço Social, uma vez que procura enfatizar a dimensão da atuação profissional junto ao sujeito real (de fato, como diria Marx), ou seja, aquele que se transforma no decurso da história, sendo, ao mesmo tempo, produto e produtor desta. Esta prática, pautada na compreensão do real, utiliza a linguagem como mediação para a apropriação da consciência, uma vez que esta é um produto social. Logo, esta apropriação se consolida num dos principais objetivos da ação do/a assistente social para construção da emancipação do indivíduo social. Portanto, este tipo de intervenção se configura numa restrita competência da profissão. Este capítulo traz, ainda, a fala de sujeitos expoentes do Serviço Social acerca do atendimento sócio individual e sinaliza possíveis caminhos metodológicos para esta ação. A segunda parte da obra versa sobre o trabalho social com grupos, uma vez que tem sido uma abordagem importante presente no repertório do Serviço Social brasileiro, como área de atuação profissional em toda sua trajetória histórica, desde sua emergência, profissionalização e institucionalização entre as décadas de 40 e 50, até os dias de hoje. Destaca que os trabalhos com grupos têm se caracterizado, na contemporaneidade, por um duplo movimento: ora enfatiza os vínculos e os ideais comuns que fundam o campo grupal e ora analisa a individuação como processo que valoriza as diferenças interpessoais e sociais mais orientadas para a inclusão social. Compreendendo que existe uma variabilidade de práticas e modalidades de grupos faz-se necessária a busca de substratos universais e organizadores do trabalho social nesta área, enfatizando seus fundamentos teórico-metodológicos. Neste sentido, este capítulo traz subsídios teóricos norteadores para o trabalho cotidiano com grupos. Para concluir, a obra em questão pretende apresentar novos e ressignificados olhares que possam contribuir para construção permanente da instrumentalidade do Serviço Social. (AU)