Merleau-Ponty e a crise da dialética: instituição, história e interrogação

• Processo: 07/52001-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2007
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2009
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
• Pesquisador responsável: Marilena de Souza Chauí
• Beneficiário: José Luiz Bastos Neves
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Dialética Filosofia política Práxis
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Dialetica | Experiencia | Filosofia Politica | Historia | Instituicao | Praxis

Resumo

Ao contrário da imagem difundida, a filosofia política de Merleau-Ponty não pode ser resumida como uma transição de marxismo a reformismo. Reconhecendo a insuficiência do marxismo nos anos 50, seu esforço será antes o de ir além: pois, há um modo de se repetir Marx que apenas o mitifica, e há uma transformação determinada de sua doutrina que prolonga sua obra. Merleau-Ponty irá por aqui em sua crítica dos conceitos de base da filosofia da história hegelo-marxista (crise da dialética): natureza como positividade, história como negatividade, Ser e Nada como opostos puros abstratos. O resultado será o esboço de uma nova filosofia da história, feita em contato com os acontecimentos e cuja matriz julgamos estar no conceito merleau-pontyano de instituição. É tal conceito, misto de atividade e passividade, que precisa ser investigado para avaliarmos a tentativa de Merleau-Ponty de produzir um conceito de história que não seja obra da consciência constituinte. Mas isso envolverá uma nova compreensão das relações entre experiência e conceitualização, e mesmo filosofia e política. Pois a crise da dialética era também uma crise da práxis, o que significava que a continuidade entre teoria e prática estava rompida - acontecimento cujo correlato filosófico é a "dialética embalsamada". Em resumo, estudaremos três pontos na "segunda fase" de Merleau-Ponty: a) a crítica da dialética embalsamada e a crise da práxis; b) o conceito de instituição como matriz da filosofia da história; c) a relação entre filosofia e experiência histórica. (AU)

Publicações acadêmicas

(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)

NEVES, José Luiz Bastos. Materiais para o problema da História em Merleau-Ponty. 2010. Dissertação de Mestrado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD) São Paulo.