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Estudos estruturais e termodinâmicos das centrinas (BeCen1 e BeCen3) do fungo Blastocladiella emersonii

Processo: 07/00484-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado Direto
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2007
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2011
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Biofísica - Biofísica Molecular
Pesquisador responsável:Leila Maria Beltramini
Beneficiário:Ana Isabel de Camargo
Instituição Sede: Instituto de Física de São Carlos (IFSC). Universidade de São Paulo (USP). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Blastocladiella emersonii   Elementos estruturais de proteínas
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Blastocladiella emersonii | Centrina | Dominio EF-hand | Espectroscopias aplicadas a proteínas | Proteinas ligantes de Calcio | Análise de proteínas

Resumo

As Centrinas pertencem à superfamília das proteínas calmodulina-like com uma massa molecular relativa de 20kDa e com quatro domínios EF-hand de ligação de cálcio. São encontradas em centossomas de eucariotos, porém em fungos que não possuem aparelho flagelar, estão localizadas em uma região da membrana nuclear, denominada meia ponte, onde se inicia a duplicação deste centro organizador de microtúbulos. Em fungos apenas uma centrina foi caracterizada, em mamíferos foram descritas cerca de dez isoformas diferentes e a maior parte não está associada a centrossomos. Middenport e cols., em 1997, propuseram a existência de duas subfamílias divergentes: a subfamília do tipo Chlamydomonas reinhardtii e a subfamília do tipo Saccharomyces cerevisiae. A primeira subfamília foi originalmente formada por CrCen, as isoformas de Homo sapiens HsCen1 e HsCen2, e a do camundongo MmCen1, e a segunda subfamília foi formada por ScCdc31, HsCen3 e MmCen3. Sugeriram que as centrinas das duas subfamílias diferentes possuiriam papéis distintos na célula, funcionando na contração nas algas verdes e na separação de corpos polares do fuso em S. cerevisiae. Deste modo, eucariotos apresentariam dois tipos de genes com funções diferentes. Porém, não há relatos na literatura de nenhuma centrina pertencente à primeira subfamilia, em fungos e no genoma de S. cerevisiae, há apenas um gene (cdc31) codificando uma centrina. Blastocladiella emersonii, como outros quitridiomicetos, possui centríolos e corpos basais em suas estruturas flageladas ao contrário de fungos superiores. Isto poderia ser uma possível explicação para a existência de dois genes que codificam centrinas, um associado a C. reinhardtii (centrina BeCen1) e outro a S. cerevisiae (centrina BeCen3). Em B. emersonii foram descritas duas centrinas, cujas funções ainda não são conhecidas. O presente trabalho leva em consideração a importância fisiológica das EF-hand e o fato de que não há informações estruturais ou sobre o papel fisiológico das centrinas em B. emersoni. Assim, esta proposta visa realizar estudos estruturais da BeCen1 e BeCen3 com o objetivo de correlacioná-las às funções destas proteínas neste e em outros organismos. Para tanto, as sequencias codificantes serão introduzidas em vetor de expressão bacteriano e após expressão heteróloga e purificação das proteínas de interesse, serão realizados estudos estruturais e de atividade funcional (cálcio ligante) das mesmas. Nestes estudos serão empregados métodos cromatográficos, espectroscópicos, microscópicos e de calorimetria no sentido de obter dados a fim de compará-las tanto no aspecto estrutural como em suas propriedades de ligarem cálcio e correlacioná-los com dados da literatura podendo inferir mecanismos celulares importantes ainda não esclarecidos. (AU)

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
CAMARGO, Ana Isabel de. Estudos estruturais e termodinâmicos de centrinas BeCen1 e BeCen3 do fungo Blastocladiella emersonii. 2011. Tese de Doutorado - Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Física de São Carlos (IFSC/BT) São Carlos.