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Memória, nação e identidade política: uma etnografia das organizações de direitos humanos argentinas formadas por familiares de desaparecidos da ditadura militar

Processo: 08/50297-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2008
Data de Término da vigência: 29 de fevereiro de 2012
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia - Antropologia Urbana
Pesquisador responsável:Bela Feldman-Bianco
Beneficiário:Liliana Lopes Sanjurjo
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Argentina   Etnografia   Movimentos sociais   Direitos humanos   Ditadura   Repressão política
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Antropologia | Argentina | Ditadura Militar | Identidades | Nacao | Politica

Resumo

A ideia desta pesquisa é realizar uma etnografia das organizações de direitos humanos argentinas auto-definidas como organizações dos "directamente afectado por el terrorismo de Estado" (Asociación Madres de Plaza de Mayo; Madres de Plaza de Mayo-Linea Fundadora; Abuelas de Plaza de Mayo; Familiares de Detenidos y Desaparecidos por Razones Políticas; agrupação H.I.J.O.S.; Hermanas de Desaparecidos por la Verdad y la Justicia). O objetivo mais geral é entender como estas organizações se constituem enquanto movimentos sociais, ancoradas no parentesco de seus membros com as vítimas da repressão, e como seus membros (re) configuram suas identidades e suas estratégias políticas no processo de reconstrução da memória dos desaparecidos e a partir dos sentidos que conferem a essa categoria. Tendo em vista este objetivo mais geral, e levando em consideração um enfoque que procura enfatizar as relações entre cultura, política e processos de (re)configurações de identidades, desdobram-se os seguintes objetivos mais específicos: 1) compreender como os membros destas organizações reelaboram a memória dos desaparecidos e quais os sentidos que conferem e atribuem a essa categoria; 2) analisar as disputas em torno das memórias que se pretendem colocar em evidência, sobre a interpretação e a importância dada a esse passado e aos atores que dela participaram (entre eles os desaparecidos); 3) investigar em que medida, ao ressignificarem as trajetórias de vida (e de morte) de seus familiares que desaparecem por razões consideradas políticas, reconstroem uma identidade que se expressa principalmente com a utilização de termos próprios e definidores de grupos adversários do campo de disputa política; 4) explorar os nexos que estes sujeitos estabelecem entre tradições familiares, as trajetórias de vida de "seus" desaparecidos e as suas próprias trajetórias (através da participação nestas organizações); 5) compreender em que medida as disputas entre distintas memórias sobre o passado de repressão colocam em jogo posições diversas e contrapostas acerca de um projeto de nação argentina; ou será em que medida o que constitui como objeto central nestas disputas é a própria ideia de nação argentina. (AU)

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
SANJURJO, Liliana Lopes. Sangue, identidade e verdade: memórias sobre o passado ditatorial na Argentina. 2013. Tese de Doutorado - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Campinas, SP.