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Versos que curam: saberes medicinais na poesia dos folhetos de cordel

Processo: 08/51767-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2009
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2010
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia - Teoria Antropológica
Pesquisador responsável:Renato Sztutman
Beneficiário:Messias Moreira Basques Junior
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Pernambuco   Medicina popular   Antropologia da arte
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Antropologia Da Arte | Antropologia Simetrica | Culturas Terapeuticas | Medicina Popular | Pernambuco | Poesia Popular

Resumo

Este projeto de pesquisa pretende analisar folhetos de cordel referidos a saberes medicinais diversos, tendo como principais objetivos a análise desta produção poética e o escrutínio da sua difusão, que propiciou a circulação de conhecimentos acerca de diversas doenças e suas respectivas terapêuticas, práticas de cura e medicação. Visamos não só retratar a cisão que legou a estes conhecimentos de origem popular um papel subalterno, mas, sobretudo, problematizar a cisão entre as ditas medicinas alternativas ou populares e as ciências médicas modernas, e questionar a assimetria epistemológica produzida entre o 'saber' da ciência e a 'crença' dos outros. A hipótese geral do trabalho é que os saberes medicinais populares tinham no universo poético-visual dos folhetos de cordel um importante meio de divulgação de casos, histórias e estórias de procedimentos de cura e profilaxia. Mais que isso, eles não seriam meros 'meios de divulgação', mas antes elementos constitutivos dessas práticas de cura, práticas que não podem ser desvinculadas de seu suporte 'artefatual' ou artístico, verbal e visual. Em suma, tratar-se-á de questionar a tradicional classificação tanto destes saberes quanto deste gênero poético nas categorias da superstição e do folclore, em razão de que tal julgamento implicaria perda daquilo que poderia ser caracterizado como expressão de um sortilégio de saberes medicinais, além da inobservância da peculiaridade e estatuto da poesia e a relação de alteridade suscitada pela fala na escrita e seus recursos imagéticos. Serão analisados os folhetos das coleções do IEB-USP, bem como a apropriação deste gênero poético pelos projetos e campanhas de saúde de instituições públicas, aqui representados no 'caso ilustrativo' da Terceira Viagem dos Poetas ao Brasil - Nordeste - Caravana da Saúde. (AU)

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