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Estudo da neurotransmissão espinal no efeito antinociceptivo da eletroacupuntura de 2, 100 e 2/100 hz em ratos

Processo: 09/09761-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2010
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2012
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia - Farmacologia Geral
Pesquisador responsável:Wiliam Alves Do Prado
Beneficiário:Josie Resende Torres da Silva
Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Assunto(s):Eletroacupuntura   Analgesia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Antinocicepção | Eletroacupuntura | medula | Teste De Retirada Da Cauda | Farmacologia da Dor

Resumo

Vários estudos demonstram que a EA de baixa freqüência (2 Hz) aumenta os níveis liquóricos espinais de encefalina, mas não os de dinorfina A. Já a EA de alta freqüência (100 Hz) eleva os níveis liquóricos espinais de dinorfina A, mas não altera os níveis de encefalina. Alguns estudos ainda demonstram que a ²-endorfina e a endomorfina produzem efeitos similares aos da estimulação de baixa freqüência. Além da liberação espinal de dinorfina A, a EA de alta freqüência libera também substâncias não opióides como serotonina, noradrenalina e dopamina, glutamato, acetilcolina e ácido gama-aminobutírico. Experimentos realizados em nosso laboratório mostraram que o pré-tratamento de ratos com injeção intratecal de naloxona (20 ¼g/5¼L) bloqueou os efeitos da EA de baixa freqüência e reduziu de modo não significativo a intensidade e a duração dos efeitos da EA de alta freqüência. Estes resultados foram interpretados como sendo sugestivos de que mecanismos opióides tem maior participação na EA de baixa do que na EA de alta freqüência. O mecanismo noradrenérgico parece também representar um importante papel na AIA. O efeito da EA de baixa freqüência foi significativamente reduzido em intensidade e duração pela injeção intratecal de idazoxam ou WB4101 (20¼g/5¼L), procedimento que não alterou o efeito da EA de alta freqüência. Estes resultados são indicativos do envolvimento de receptores ±1 e ±2 no mecanismo da antinocicepção induzida pela EA de baixa freqüência. Por outro lado, a antinocicepção induzida pela EA de alta freqüência não parece envolver mecanismos ±1 ou ±2-adrenérgicos. Os receptores serotoninérgicos também são importantes no controle descendente inibitório da nocicepção. O pré-tratamento de ratos com injeção intratecal de metisergida (30¼g/5¼L) reduziu significativamente a duração sem alterar a intensidade dos efeitos da EA de baixa e alta freqüência. Tais resultados são indicativos de que mecanismo serotoninérgico contribui para a ativação de circuito reverberante responsável pela longa duração do efeito analgésico da EA. Mecanismos colinérgicos também participam do processamento espinal de estímulos nociceptivos. A administração intratecal de agonistas colinérgicos muscarínicos ou de inibidores da colinesterase é capaz de promover antinocicepção em ratos, gatos e também no homem, atribuindo-se um mecanismo muscarínico nesta ação analgésica. O pré-tratamento de ratos com injeção intratecal de atropina bloqueou o efeito analgésico da EA de baixa freqüência e reduziu a intensidade e a duração dos efeitos da EA de alta freqüência, o que é indicativo da participação de mecanismos colinérgicos muscarínicos nesse efeito (Silva e cols., dados não publicados). Por fim, o GABA também tem sido considerado como neurotransmissor que participa da AIA, porém a literatura a respeito é muito escassa. O GABA é um neurotransmissor na medula espinal que exerce controle pré-sináptico das fibras primárias aferentes. Existem duas subclasses de receptores para o GABA: GABA-A e GABA-B. O pré-tratamento de ratos com injeção intratecal de faclofeno (20¼g/5¼L) reduziu a intensidade da antinocicepção induzida pela EA de baixa freqüência e reduziu a intensidade, mas prolongou a antinocicepção induzida pela EA de alta freqüência, o que sugere que mecanismo mediado por receptores GABA-B, modula negativamente as influências inibitórias produzidas pela EA. Por outro lado, receptores GABA-A também devem participar da antinocicepção induzida pela EA, já que o pré-tratamento dos animais com bicuculina (0,3¼g/5¼L) diminuiu a intensidade e a duração do efeito de ambas as freqüências. Com base neste conhecimento, o presente trabalho investiga a importância da neurotransmissão gabaérgica, opióide, monoaminérgica e colinérgica no efeito antinociceptivo da eletroacupuntura de baixa (2 Hz) e alta freqüência (100 Hz) e a combinação de ambas (2/100 Hz).

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