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Efeito da neutralização das interleucinas 10 e/ou 13 no microambiente tumoral do melanoma murino B16F10.

Processo: 09/13711-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2009
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2013
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Imunologia - Imunologia Celular
Pesquisador responsável:Elaine Guadelupe Rodrigues
Beneficiário:Karina Panizzi Gimenes
Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Microambiente tumoral   Melanoma experimental   Interleucinas
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:B16F10 | células do sistema imune | interleucinas | melanoma murino | microambiente tumoral | Imunologia de tumores

Resumo

As terapias anti-tumorais disponíveis raramente apresentam efeitos expressivos na clínica médica. Tratamentos utilizando citocinas, como IL-12, levaram a efeitos tóxicos que impedem sua utilização em pacientes. A neutralização de citocinas supressoras tem sido analisada experimentalmente. Como demonstrado em ensaios clínicos, a indução de linfócitos T citotóxicos tumor-específicos não é suficiente para promover a total regressão tumoral. Respostas terapêuticas de protocolos clínicos de vacinação anti-tumoral resultam em baixas taxas de resposta clínica. Essa "ineficiência" em diversas modalidades imunoterapêuticas pode ser devida à geração de um microambiente tumoral imunosupressor. O microambiente tumoral é composto de células tumorais, estromais, da resposta imune e matriz extracelular. É nesse microambiente que os tumores se desenvolvem, ocorrendo proliferação, sobrevida e migração das células tumorais. As células tumorais podem estimular um ambiente "tolerizado", ativando vias de sinalização específicas no sistema imune, escapando da erradicação por essa resposta do hospedeiro. A completa compreensão da imunosupressão tumor-induzida, conhecendo-se as células e citocinas imunosupressoras envolvidas, poderá proporcionar novas alternativas imunoterapêuticas, já que atualmente acredita-se que o bloqueio da imunosupressão no microambiente tumoral possa ser crucial para o sucesso das imunoterapias. Recentemente tem se demonstrado a presença de células imunoreguladoras e citocinas imunosupressoras, como IL-10, IL-13 e TGF-b no microambiente tumoral. Quando fatores neutralizantes dessas células e citocinas são inoculados sistemicamente, além dos efeitos sistêmicos que ocorrem, somente uma pequena porcentagem da concentração inicial inoculada chega ao tumor. Cada vez mais resultados demonstram que as imunoterapias deixam de funcionar a partir de um determinado momento do desenvolvimento tumoral, por exemplo, foi demonstrado recentemente que a transferência adotiva de um grande número de linfócitos T CD8+ citotóxicos tumor-específicos só foi efetiva até o 3º dia após a implantação das células tumorais, sugerindo que as condições do microambiente tumoral se alterem durante o desenvolvimento do tumor de modo a não permitir que fatores imunes sejam ativos. Sabe-se também que o microambiente de um tumor primário é diferente do microambiente metastático, pois fatores anti-tumorais comportam-se de forma oposta nesses 2 ambientes. No entanto, as diferenças existentes entre esses 2 ambientes não são completamente conhecidas. Desta forma, é nosso objetivo compreender o papel das interleucinas imunosupressoras IL-10 e IL-13 no microambiente tumoral, tanto do tumor primário como metastático, desde o início do desenvolvimento do tumor, avaliando principalmente a importância dessas citocinas no recrutamento e manutenção da função das células imunes presentes nesse ambiente complexo. Daremos ênfase à análise das principais células imunereguladoras: linfócitos T reguladores, MDSCs, macrófagos e células dendríticas. Linfócitos T efetores também serão analisados quanto ao recrutamento e funcionalidade. Para isso utilizaremos um modelo tumoral desenvolvido em nosso laboratório, composto de 2 clones de melanoma murino B16F10, onde um deles se implanta com mais eficiência no ambiente subcutâneo e o outro no ambiente pulmonar após inoculação endovenosa. Esses clones serão transfectados com vetores eucarióticos expressando a região extracelular dos receptores de IL-10 ou IL-13 murinos. Como já demonstrado anteriormente por nosso grupo, esses vetores neutralizam a atividade dessas citocinas quando inoculados intramuscularmente. Os clones transfectados serão inoculados subcutanea ou endovenosamente, o desenvolvimento tumoral será observado e as células imunes recrutadas para o microambiente tumoral depletado de IL-10 e/ou IL-13 serão identificadas e quantificadas, sua funcionalidade verificada e as citocinas presentes nesse ambiente serão analisadas.

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