A Revolução dos Cravos em celulóide: expressões da abertura democrática portuguesa no cinema documentário após o 25 de abril de 1974.

• Processo: 10/12927-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2010
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2011
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - História Moderna e Contemporânea
• Pesquisador responsável: Tania da Costa Garcia
• Beneficiário: Isadora Remundini
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Franca. Franca , SP, Brasil
• Assunto(s): Portugal Documentário Cinema
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: cinema | Documentário | Portugal | Revolução do Cravos | História e Cinema

Resumo

A iminente pesquisa tem por escopo geral apreender as relações entre a abertura democrática portuguesa em 1974, usualmente denominada Revolução dos Cravos, e a produção audiovisual daquele país, especificamente o cinema documentário produzido no contexto da Revolução. Na pesquisa serão considerados os vieses possíveis desta relação, como o fim da censura expressado na produção audiovisual, as novas políticas para o cinema e o papel do documentário como orientador de uma leitura histórica do acontecimento. Os documentários "As Armas e o Povo", de direção coletiva, produzido pelo Sindicato dos Trabalhadores do Filme em 1974 e "O Bom Povo Português" de Rui Simões, lançado em 1981 foram selecionados como fonte para a pesquisa. Através de uma interpretação destes documentários, atenta às especificidades da linguagem cinematográfica e às necessidades da disciplina histórica, a pesquisa examinará a presença de elementos como a noção de Império Português, a Guerra Colonial e o Movimento das Forças Armadas; a adesão popular ao Movimento com vistas à estrutura de classes na época; a configuração política revolucionária e as propostas para a abertura, levando em conta a polarização partidária. Também constará na pesquisa uma análise da concretização das políticas propostas, do papel do cinema tanto como documento quanto como agente histórico e da forma como a Revolução dos Cravos é retratada nos documentários selecionados, isto é, da maneira como a linguagem cinematográfica é utilizada para orientar uma determinada leitura da Revolução.