Heterogeneidade tumoral e interação tumor-hospedeiro como marcadores prognósticos em câncer de mama

• Processo: 10/16684-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de julho de 2011
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2012
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
• Pesquisador responsável: Auro del Giglio
• Beneficiário: Anna Estela Luiza Coló
• Instituição Sede: Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEPAE). Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Neoplasias Células neoplásicas circulantes Oncologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: câncer | Células tumorais circulantes | Heterogeneidade tumoral | Interação tumor-hospedeiro | Oncologia

Resumo

Os mecanismos de metástase do câncer não estão bem esclarecidos e possivelmente por isso os marcadores prognósticos utilizados atualmente são muitas vezes pouco efetivos. Para a formação de metástases é necessário que as células tumorais migrem do sítio primário para outros órgãos. Portanto, a detecção de células tumorais circulantes (CTC) seria útil para avaliar o risco de metástases. Entretanto, acredita-se que as células de um mesmo tumor apresentam grande heterogeneidade, e apenas uma subpopulação, as células tumorais iniciadoras (CTI), seriam as células tumorais com capacidade metastática. Além da CTC, estudos sobre mecanismos de metástases apontam evidências da interação do organismo hospedeiro com o tumor. Em modelo murino a injeção intradermal de linhagens tumorais leva à migração de células hematopoiéticas progenitoras derivadas de medula óssea (CHPDMO) para o pulmão, onde formam agrupamentos. Dias depois, as células das linhagens tumorais se juntaram espontaneamente às CHPDMO que colonizaram o pulmão, indicando que o tumor desencadeia a migração dessas células da medula ósseas para outros tecidos, onde formam nichos. Por outro lado, é possível também que as CHPDMO também sinalizem ou atraiam as CTC. Dessa forma, surge a hipótese de que o paciente com maior risco de metástase é aquele apresenta maior quantidade de CTC ou CTIC e/ou CHPDMO. Portanto, o objetivo do estudo é detectar CTC, CTIC e CHPDMO em pacientes de câncer de mama e relacioná-las à progressão tumoral. Nesse caso, teremos evidências de que o câncer, mesmo que ainda não disseminado segundo os conceitos atuais, já é uma doença sistêmica e interage com todo organismo, o que possibilitará novas abordagens para a eliminação e prevenção de metástases.