Influência da adição de fator de crescimento fibroblástico 10 (fgf10), durante a maturação oocitária, na produção in vitro de embriões bovinos

• Processo: 11/00848-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2011
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2011
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Farmacologia
• Pesquisador responsável: Ciro Moraes Barros
• Beneficiário: Patricia Kubo Fontes
• Instituição Sede: Instituto de Biociências (IBB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
• Assunto(s): Bovinos Maturação Técnicas in vitro Embrião
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: bovino | embrião | Fgf10 | maturação | produção in vitro | Farmacologia da Reprodução

Resumo

A pecuária brasileira destaca-se mundialmente por possuir o maior rebanho comercial de gado e liderar a exportação de carne e a produção de embriões bovinos. A técnica de produção in vitro (PIV) de embriões é considerada boa alternativa para superar problemas como infertilidade de vacas com alto valor econômico e para melhoramento genético de rebanhos. A maturação oocitária in vitro é etapa determinante para o sucesso da PIV, porém insatisfatória quando comparada à maturação in vivo. Estudos recentes demonstraram a participação do Fator de Crescimento Fibroblástico 10 (FGF10) durante a maturação in vitro de oócitos bovinos, onde favoreceu a expressão de genes relacionados a maturação oocitária e expansão das células do cumulus. Cientes de que a fase de maturação influencia a produção final de blastocistos, objetivamos com o presente estudo analisar se a adição do FGF10 no meio de maturação é capaz de interferir positivamente na PIV de embriões bovinos. Para tal, o FGF10 foi adicionado à maturação em 5 diferentes concentrações: 0,5 ng/mL (grupo 0,5), 2,5 ng/mL (grupo 2,5), 5 ng/mL (grupo 5), 10 ng/mL (grupo 10) e 50 ng/mL (grupo 50). Adicionalmente, dois outros grupos de maturação foram utilizados, grupo BSA (Albunina Sérica Bovina, 4 mg/mL) e o grupo SFB (Soro Fetal Bovino, 10%). As taxas de clivagem, mórula e blastocisto foram analisadas por Análise de Variância (ANOVA), sendo consideradas significantes as diferenças com P<0,05. A taxa de clivagem não diferiu entre os sete grupos experimentais. Por outro lado, a taxa de mórula do grupo SFB foi superior quando comparado aos grupos BSA, 0,5, 10 e 50 (P<0,05), porém não diferiu dos grupos tratados com dose intermediária de FGF10 (2,5 e 5). Efeito superior do grupo SFB também foi observado na taxa de blastocisto, visto que a taxa de produção de blastocisto dos demais seis grupos foram muito aquém do grupo SFB (P<0,0001). Portanto, a utilização de FGF10, durante a maturação oocitária, na produção in vitro de embriões bovinos, não interferiu positivamente na PIV de embriões bovinos.