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Interação mãe-bebê: depressão pós-parto como um fator de risco para o desenvolvimento Processo n. 2006/59192-2

Processo: 10/07797-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2010
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2012
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia do Desenvolvimento Humano
Pesquisador responsável:Emma Otta
Beneficiário:Juraci Aparecida de Mendonça Moreira
Instituição Sede: Instituto de Psicologia (IP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:06/59192-2 - Interação mãe-bebê: depressão pós-parto como um fator de risco para o desenvolvimento, AP.TEM
Assunto(s):Depressão pós-parto   Relações mãe-filho   Desenvolvimento infantil
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Depressão pós-parto | Desenvolvimento Infantil | Interação mãe-bebê | Desenvolvimento infantil

Resumo

A Depressão Pós-Parto (DPP), foco do Projeto Temático que estamos desenvolvendo com apoio da FAPESP, é um distúrbio com sérias implicações potenciais para a mãe e para o bebê, sendo considerado causa de retardo de desenvolvimento físico e cognitivo (Hay, Asten, Mills, Kumar, Pawlby & Sharp, 2001; Patel, Souza & Rodrigues, 2003). A Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EDPE), desenvolvida na Inglaterra (Cox, Holden, & Sagovsky, 1987) e validada no Brasil por Santos, Martins e Pasquali (1999), usada neste Projeto, é um instrumento que avalia a presença ou intensidade de sintomas como humor deprimido ou disfórico, distúrbio do sono, perda de prazer, idéias de morte e suicídio, diminuição do desempenho e culpa.Após o parto, muitas mulheres (de 30-75% das parturientes) apresentam o que se chama de 'baby blues' (Robertson, Grace, Wallington & Stewart, 2004), que poderíamos traduzir por melancolia pós-parto. Este estado de ânimo geralmente regride em alguns dias. No entanto, algumas mulheres desenvolvem uma forma de depressão mais severa, caracterizada por desesperança, labilidade emocional, sentimentos de culpa, sentimentos de incompetência para lidar com a criança, perda de apetite, distúrbios de sono, dificuldades de concentração e memória, fadiga, irritabilidade, vontade de chorar e idéias suicidas. Heron, Craddock e Jones (2005) chamam a atenção também para sintomas de euforia no início do puerpério, que passam muitas vezes despercebidos, mas que podem ser um sinal precoce de depressão pós-parto posterior. Estudos sugerem que a depressão pós-parto (DPP) ocorra aproximadamente entre 10 a 20% das mulheres nos primeiros seis meses após o parto, apresentando um pico por volta da 10ª semana após o parto (Clay & Seehusen, 2004; Robertson et al., 2004). A maior parte desses estudos foi realizada nos Estados Unidos da América e Europa, sendo mais escassas as estatísticas específicas sobre a ocorrência da DPP no Brasil. O presente projeto temático, coordenado pela Profa. Dra. Emma Otta em conjunto com a Profa. Dra. Vera Silvia Raad Bussab, do Instituto de Psicologia da USP (IP) e a pediatra Dra. Maria Teresa Zullini da Costa, pós-doutoranda do IPUSP, é multicêntrico, envolvendo pesquisadores de várias unidades da USP (do IP, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia e Hospital Universitário), do Centro de Saúde Escola do Butantã, do Instituto de Saúde de São Paulo. Tem como objetivos verificar a incidência de depressão pós-parto (DPP) no primeiro trimestre após o parto em mães de baixa renda do distrito do Butantã, em São Paulo, usuárias do sistema público de saúde, relacionando-a com condições de suporte (material, afetivo e emocional) e fase da vida reprodutiva da mãe. As mães com e sem DPP que serão comparadas quanto ao seu padrão de interação com os bebês e ao seu perfil hormonal. Os bebês serão avaliados quanto a índices de desenvolvimento geral e neuro-psico-motor e aos níveis de cortisol apresentados. O estudo, que focaliza as áreas de pesquisa básica e clínica, tem relevância prática potencial pelos subsídios que pode fornecer para práticas de intervenção precoce.

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