Resumo
Padrões faunísticos atuais de diversidade, distribuição geográfica, relações filogenéticas e biogeográficas constituem uma ferramenta para a compreensão da história evolutiva dos táxons e consequentemente dos domínios morfoclimáticos no qual se encontram inseridos. As delimitações destes táxons e suas respectivas relações filogenéticas nos revelam eventos de especiação e consequentemente nos permitem levantar hipóteses gerais de diversificação de um determinado grupo. Devido a sua ampla distribuição, o gênero Hylaeamys torna-se uma excelente ferramenta para este tipo de análise. Inserido na tribo Oryzomyini, a mais diversa da subfamília Sigmodontinae, este gênero possui atualmente sete espécies: H. acritus, H. laticeps, H. megacephalus, H. oniscus, H. perenensis, H. tatei, e H. yunganus. Estas espécies estão distribuídas nas florestas tropicais e subtropicais sempre verdes cisandinas, do nível do mar até uma altitude de 1500 metros, desde a Venezuela e as Guianas, passando pela Amazônia e pela Floresta Atlântica, até o norte do Paraguai. O gênero possui uma resolução satisfatória do número e distribuição das espécies que o compõe, no entanto, as relações filogenéticas entre elas nunca foram amplamente exploradas. Proponho neste projeto, avaliar as relações de parentesco dentro do gênero Hylaeamys, abordando de forma integrativa os dados morfológicos e moleculares através dos métodos de Máxima Parcimônia, Máxima Verossimilhança e Bayesianos. Com base nestes dados, pretendo definir os táxons bem como sua distribuição geográfica e estabelecer hipóteses acerca da origem, diversificação e biogeografia deste gênero na América do Sul. (AU)
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