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Descritividade e narratividade: quadros idílicos de Virgílio

Processo: 11/06855-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Data de Início da vigência: 12 de fevereiro de 2012
Data de Término da vigência: 11 de maio de 2012
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literaturas Clássicas
Pesquisador responsável:Paulo Martins
Beneficiário:Paulo Martins
Pesquisador Anfitrião: Martin Dinter
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: King's College London, Inglaterra  
Assunto(s):Poesia   Poética
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Descritividade | écfrase | Gênero Bucólico | poesia latina | Poética Latina | Virgílio | Poesia Latina/ Poética Latina

Resumo

O gênero Idílio (eidyllion) está fundado no caráter visual: não é à toa que nome do gênero, seja ele antigo, seja tardio, tenha o mesmo étimo de eidos, "imagem", e eidolon, "imagem mental ". Dos idílios, a matéria bucólica é parte nos autores gregos (Teócrito, Mosco e Bíon), mas não em Virgílio, em que comparece em todos os poemas desse gênero, agora também chamado "bucólico". Em suma, se nos autores gregos não se podem rigorosamente identificar idílio e bucólica, em Virgílio eles coincidem. Em Virgílio, pois, a poesia bucólica é gênero poético cujo cerne é a visualidade ou visualização daquilo que é operado verbalmente; pode, portanto, ser considerada como a "pintura que fala", parafraseando Simônides. A visualidade tem uma relação indene e essencial com os preceitos retórico-poéticos que norteiam a écfrase, que grosso modo se pode entender por "descrição". A écfrase na verdade pretende produzir a enargia (enárgeia), isto é, a vividez da descrição. Tal qualidade descritiva, que pode ser entendida retoricamente como virtude da elocução, é elemento textual particularmente estratégico porque imprime movimento aos elementos estáticos da imagem, isto é, transforma, na imagem, o que é estático em cinético e assim une descrição, cuja matéria em princípio são só objetos e cenas, a narração, cuja matéria são ações e eventos. Bem por causa da enargia, a descrição, que então será ecfrástica, difere das meras descrições de objetos estáticos. Assim esta pesquisa além de verificar as marcas estilísticas da écfrase nas Bucólicas de Virgílio, propõe-se a indicar características linguísticas específicas dessa descritividade que tende à narratividade. (AU)

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