Natureza e verdade em merleau-ponty

• Processo: 12/12828-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2012
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2014
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
• Pesquisador responsável: Marcus Sacrini Ayres Ferraz
• Beneficiário: Eduardo Orsolini Fernandes
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Natureza Maurice Merleau-Ponty Verdade
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Autoprodução de sentido | Merleau-Ponty | natureza | Objetividade | possibilidade | Verdade | Filosofia francesa contemporânea

Resumo

A fim de investigar as relações entre o conceito de ser e aquele de verdade em Merleau-Ponty investigamos o conceito de Natureza, a qual, nos cursos do Collège de France, é concebida como uma atividade de autoprodução de sentido. Esta atividade de autoprodução leva Merleau-Ponty aconceber um tipo de ser Englobante, pré-objetivo e, por assim dizer, polimorfo, isto é, que admitediversas formas de expressão entre as quais nenhuma a esgota, porquanto todas a metamorfoseiamem sentido figurado - o que instaura uma noção de verdade como algo, por princípio, não exaustivo e,como tal, aberto e mutável no tempo. Para tanto, partimos de sua crítica à concepção artificial danatureza em Descartes, que, baseada na noção de um infinito de essência, faz dela um puro objetoinerte, passivo e exterior, cujo sentido não lhe é interno mas mesmo assim pleno e imutável; aseguir, contrapomos-lhe a ideia de uma atividade imanente presente na natureza, que, entravada poruma passividade que lhe é também constitutiva, nos leva a concebê-la como um desdobramentoespaço-temporal de sentido. Passamos então a investigar como a verdade é possível a partir dessa noção de ser pré-objetivo e qual tipo de objetividade é produzida pela atividade da Natureza. Por fim colocamos a questão sobre uma possível reposição de uma espécie de "inércia de sentido" que é o próprio alvo da noção de autoprodução - questão que encontrará uma resposta relativa à compreensão dos sentidos possíveis envolvidos nesta autoprodução.

Publicações acadêmicas

(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)

FERNANDES, Eduardo Orsolini. A natureza como caminho para ontologia. 2015. Dissertação de Mestrado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD) São Paulo.