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Samuel Beckett e seus Duplos

Processo: 12/18296-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2013
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2016
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literatura Comparada
Pesquisador responsável:Fábio Rigatto de Souza Andrade
Beneficiário:Cláudia Maria de Vasconcellos
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Romance   Samuel Beckett   Teatro
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Doppelgänger | Duplo | Efeito de Estranhamento | Romance | Samuel Beckett | teatro | Literatura e Dramaturgia Contemporâneas

Resumo

Tanto a obra em prosa como a obra dramática de Samuel Beckett dispõem do recurso ao duplo, seja como figura de representação, seja como espelhamento. Não apenas na esfera dos personagens dá-se o interesse pelos duplos, mas sobretudo no espelhamento - ou reflexão - entre palco e platéia, assim como entre leitor e autor. O reiterado uso deste expediente por Beckett parece ter como escopo a problematização intencional dos gêneros praticados (conto, romance, drama) e uma investigação do trabalho da própria linguagem. Isso posto, pode-se dizer que a visada da presente proposta de pesquisa tem uma dupla implicação: 1) estudo comparado do duplo beckettinao, valendo-se de obras literárias seminais sobre o assunto, como as de Hoffmann, Dostoiévski, Kafka, Bernhard, para citar alguns nomes; 2) e estudo da função da duplicação e suas consequências para o debate dos gêneros literários e da investigação da linguagem. Um exemplo da abrangência desta pesquisa é a possibilidade de revisão do conceito de Verfremdungseffekt. Desenvolvido sobretudo por Brecht, o chamado efeito de estranhamento ou de distanciamento recebe de Beckett - justamente pelo jogo de espelhamento que cria em seus textos teatrais entre a platéia e o palco -, uma nova face: não será tanto a quebra da ilusão que estará em jogo, mas uma poética que assimila o público na ilusão teatral, que o duplica como personagem, e assim é a própria função do público no teatro em nossa época que se faz estranhar.

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