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Livre-arbítrio e autocontrole: desafios da neurociência

Processo: 13/03234-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2013
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2014
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia
Pesquisador responsável:Jonas Gonçalves Coelho
Beneficiário:Jonas Gonçalves Coelho
Pesquisador Anfitrião: Patricia Smith Churchland
Instituição Sede: Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Bauru. Bauru , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: University of California, San Diego (UC San Diego), Estados Unidos  
Assunto(s):Neurociências   Livre-arbítrio
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Autocontrole | Livre-arbítrio | Neurociência | Patricia Churchland | responsabilidade moral | Filosofia da Mente

Resumo

Interessado em Filosofia da Mente e motivado pelos desenvolvimentos contemporâneos da neurociência, o meu objetivo é refletir sobre o problema do livre-arbítrio considerando a noção de "autocontrole" a partir dos estudos neurocientíficos dos processos cerebrais envolvidos nas decisões e ações morais, em casos normais e patológicos. Seguindo a sugestão de Patricia Churchland, quem defende que o estudo do autocontrole numa perspectiva neurocientífica deve ser considerado no tratamento contemporâneo dos problemas do livre-arbítrio e da responsabilidade moral e legal, pretendo investigar como os processos biológicos/cerebrais do autocontrole articulam-se com os processos mentais e culturais. Parte desse percurso de pesquisa consistirá numa análise crítica sobre a simplificação do problema do autocontrole em termos da clássica oposição entre razão e emoção. A esse respeito, considerarei a hipótese defendida por Patricia Churchland segundo a qual aquela oposição é muito superficial, na medida em que ignora a frequente relação de dependência entre razão e emoção e, em especial, o papel das emoções morais. O meu objetivo geral é estudar como o funcionamento de um cérebro moral lesionado pode ajudar a explicitar os aspectos que participam efetivamente da construção de um cérebro moral normal, o que envolve não apenas o papel dos aspectos físico/biológicos, mas também o modo como o ambiente cultural opera naquela construção, ou seja, enfrentar o seguinte problema filosófico: considerando-se que o pensamento resulta da atividade cerebral como ele poderia agir causalmente sobre o cérebro? A resposta a essa questão passará por uma reflexão sobre o modo como Patricia Churchland compreende a natureza dos estados mentais e sua relação com os processos cerebrais e com o ambiente cultural, e é a partir daí, e também do conhecimento do funcionamento do cérebro em situações normais de tomada de decisão moral e anormais de deficiência do autocontrole relacionada a danos cerebrais, que procurarei analisar a possível contribuição da neurociência para a questão do livre-arbítrio. (AU)

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