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Boemia literária, crime e trabalho: a produção das diferenças em Recife nos tempos de Dr. Anísio (1875-1916)

Processo: 13/03914-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2013
Data de Término da vigência: 05 de novembro de 2017
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - História do Brasil
Pesquisador responsável:Sidney Chalhoub
Beneficiário:Israel Ozanam de Sousa Cunha
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Criminologia   Conflito social   Recife (PE)   Diversidade cultural
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:criminologia | ficção | Fronteiras culturais | Pós-Abolição | prática judicial | História Social da Cultura

Resumo

A historiografia dedicada aos conflitos sociais em Recife entre as últimas décadas do século XIX e as primeiras do XX tem uma característica em comum com o discurso das elites daquele período. Em ambos os casos, a diversidade cultural da cidade é dividida em dois blocos, um correspondendo às práticas populares e o outro às da alta sociedade. Assim, à massa de trabalhadores pobres pertenceria um conjunto de diversões, valores, crenças e meios de subsistência estranhos à cultura letrada, território de uma elite dedicada a implantar suas regras de ordenamento social. A pesquisa proposta neste projeto parte dessa compreensão, mas não para considerá-la a única possível e sim para entender como ela foi produzida por seus propugnadores e contestada pela agência de um sujeito situado na base da hierarquia social. Com esse fim, será analisada a trajetória do homem conhecido como Dr. Anísio, que viveu e morreu submetido à identidade criminal de gatuno mas estudou a prática judicial para encontrar meios de ser reconhecido como cidadão. Com seus conhecimentos, baseados em leituras e na observação de debates parlamentares quando esteve no Rio de Janeiro, ele redigia habeas-corpus e realizava as próprias defesas nos tribunais. Desse modo Dr. Anísio recusou o lugar que lhe era reservado por bacharéis da Faculdade de Direito do Recife. Estes, ao mesmo tempo em que compartilhavam os costumes e frequentavam os espaços atribuídos à pobreza, os consideravam inerentes a ela e, portanto, sinônimos de vício e crime. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
ISRAEL OZANAM. A opção de Mariza Corrêa pelo etnógrafo oitocentista. Horiz. antropol., v. 28, n. 62, p. 47-77, . (13/03914-3)
Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
CUNHA, Israel Ozanam de Sousa. Quem era o Doutor Anísio?: o desafio da ficção étnica à história social do Rio de Janeiro (1889-1916). 2018. Tese de Doutorado - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Campinas, SP.