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Exposição à violência comunitária dos agentes da Estrategia Saúde da Família e repercussões sobre suas práticas de trabalho: um estudo qualitativo

Processo: 13/09486-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2013
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2015
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Saúde Coletiva - Medicina Preventiva
Pesquisador responsável:Maria Fernanda Tourinho Peres
Beneficiário:Juliana Feliciano de Almeida
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Estratégia saúde da família   Ciências sociais   Agentes comunitários de saúde   Exposição à violência
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:agentes comunitários | Estratégia Saúde da Família | exposição à violência | Ciências Sociais em Saúde

Resumo

O objetivo geral do projeto consiste em explorar qualitativamente as representações dos agentes comunitários de saúde (ACS) e gestor de Unidade Básica de Saúde (UBS) da Estratégia Saúde da Família (ESF) acerca da presença da violência comunitária no território onde atuam e verificar se existe algum tipo de interferência desse fenômeno em relação ao trabalho que realizam em um distrito administrativo do Município de São Paulo (MSP). Pretende-se ainda, especificamente, explorar se a violência comunitária estaria fragilizando a construção de vínculos entre os agentes comunitários de saúde e a população atendida na perspectiva desses profissionais. O crescimento da violência ocupacional no setor saúde em vários países do mundo tem chamado atenção de instâncias como a Organização Internacional do Trabalho (OIT) que define em termos gerais este fenômeno como algo que é "constituído por incidentes em que os profissionais sofrem abusos, ameaças ou ataques em circunstâncias relacionadas com o seu trabalho, incluindo os trajetos de ida e volta, e que colocam em perigo, implícita ou explicitamente, a sua segurança, seu bem-estar e sua saúde". O convívio intenso das equipes com situações de violência intrafamiliar e comunitária, pode acarretar problemas psicológicos e adoecimentos expressos pelo desgaste físico e emocional, sentimentos de impotência, raiva e medo diante das circunstâncias enfrentadas no dia a dia do trabalho. O temor a retaliações, segundo relatos dos profissionais, também é outra característica marcante do trabalho que realizam na ESF.No Brasil, os reflexos da violência em determinados contextos comunitários sobre a estrutura, funcionamento e desenvolvimento das ações dos serviços de saúde na atenção primária apresentam-se como uma realidade a ser melhor explorada. O mesmo pode ser dito sobre as repercussões da exposição continuada à violência indireta (ouvir, escutar ou testemunhar agressões domésticas, mortes ocorridas na comunidade relacionadas tanto ao consumo quanto ao tráfico de drogas e etc.) ou direta (sofrer ameaças diretas ou ser pessoalmente agredido) sofrida pelas equipes da saúde. Estas questões, ademais, contribuem para pensar nos desafios que ainda precisam ser superados para uma efetiva consolidação da Estratégia Saúde da Família em todo o território nacional. Com base em uma revisão da literatura, verificou-se que embora a violência comunitária seja um tema abordado como capaz de influenciar nos processos de adoecimento do trabalhador da ESF e no desenvolvimento de suas ações, poucos estudos tem tomado esse fenômeno e suas repercussões como tema central de análise. Com este intuito, a presente proposta pretende explorar qualitativamente este assunto lançando mão de alguns referenciais teóricos, como "expansão do mundo do crime" "vínculos" e "representações sociais". No que se refere à coleta de informações pretende-se recorrer à utilização da técnica de entrevistas semi-estruturadas seguindo um roteiro previamente elaborado com perguntas abertas - ajustadas ao tema de interesse do pesquisador- e flexíveis, valorizando a singularidade das respostas dos entrevistados.As perguntas do roteiro estarão, ademais, organizadas em torno de quatro eixos: 1) informações gerais sobre o entrevistado; 2) características gerais do contexto de trabalho; 3) percepções sobre a violência comunitária, definições causas e tipos; 4) interferência da violência nas ações desenvolvidas com a comunidade, famílias e usuários e na construção de vínculos.

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
ALMEIDA, Juliana Feliciano de. Exposição à violência comunitária dos agentes da Estratégia Saúde da Família e repercussões sobre suas práticas de trabalho: um estudo qualitativo. 2015. Dissertação de Mestrado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina (FM/SBD) São Paulo.