Nomeação e alteridade: os nomes da diferença em Angola (1926-1961)

• Processo: 13/13112-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2013
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2017
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Antropologia
• Pesquisador responsável: Paula Montero
• Beneficiário: Iracema Hilário Dulley
• Instituição Sede: Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). São Paulo , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 14/20326-0 - Práticas de nomeação no Planalto Central de Angola (1926-1961), BE.EP.PD
• Assunto(s): Colonialismo Nomeação Alteridade
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: alteridade | Colonialismo | nomeação | nomeação

Resumo

As formas de nomeação são parte constitutiva do processo por meio do qual as populações coloniais foram classificadas e alterizadas. Este projeto pretende considerar como a alteridade foi nomeada e descrita durante o colonialismo português em Angola durante o período de vigência do estatuto do indigenato (1926-1961). Seu foco será a construção de termos coloniais tais como "indígenas" e "assimilados", por um lado, e formas de nomeação de si e dos outros em umbundu, tais como ocindele ("branco"), ocimbundu ("negro") e ocimbali (algo entre as duas categorias anteriores), por outro lado. Ao me concentrar na imbricação entre essas formas de nomeação, na qual o entendimento colonial do outro articula-se à forma como o mesmo e o outro eram expressos em umbundu, meu principal propósito é compreender a relação entre a produção e iteração de categorias de nomeação e a atribuição de um lugar social aos sujeitos designados por esses nomes. Pretendo ainda delinear algumas das possibilidades de habitus abrangidas pelas categorias acima a partir de um estudo de algumas trajetórias de sujeitos nelas enquadrados.