Busca avançada
Ano de início
Entree

Avaliação dos fatores prognósticos em vítimas de trauma fechado com fraturas de pelve: qual o papel da hemorragia retroperitoneal grave?

Processo: 13/03504-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2013
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2014
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Cirurgia
Pesquisador responsável:José Gustavo Parreira
Beneficiário:Lucas Ruiter Kanamori
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho. São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Acidentes   Ferimentos e lesões   Fraturas   Hemorragia   Pelve   Prognóstico
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Acidentes | Fraturas | hemorragia | lesões | Pelve | trauma | Trauma

Resumo

Cerca de 350 pessoas perdem a vida diariamente no Brasil em decorrência de causas externas. Um grande número das vítimas que sobrevivem ficam com sequelas permanentes. Para cada caso de morte há dezenas de traumatizados que necessitam de internação. Há um custo socioeconômico muito elevado em decorrência do trauma, quer seja pelos acidentes de tráfego, quedas ou violência interpessoal. As fraturas de pelve ocorrem em cerca de 2% das vítimas de trauma fechado e são, na sua maioria, estáveis, não representando maior risco à vida inicialmente. Contudo, para que ocorra a fratura dos ossos pélvicos é necessária grande troca de energia entre o corpo e o meio externo. Desta forma, os traumatizados com fraturas pélvicas apresentam lesões concomitantes em outros segmentos corporais em cerca de 90% dos casos. A maioria dos estudos responsabiliza a presença e a gravidade das lesões associadas como o fator mais importante no prognóstico destes doentes. Há casos em que a fratura de pelve é acompanhada por hemorragia retroperitoneal grave (HRG),principalmente pela lesão do plexo venoso pélvico e de ramos da artéria ilíaca interna. Apesar de rara, esta condição segue-se de altíssima letalidade, próxima a 50%. O tratamento da HRG é feito com protocolos de reanimação volêmica "hemostática" em conjunto com a fixação externa precoce da fratura de pelve, a angiografia com embolização das artérias lesadas e o tamponamento pélvico retroperitoneal com compressas. Quanto antes estas formas de tratamento forem empregadas, menor a perda volêmica e maior a chance de sobrevivência. Para que estas medidas sejam rapidamente tomadas é necessário o pronto reconhecimento do doente sob risco de HRG. Isto nem sempre é fácil. Há vários parâmetros clínicos, laboratoriais e radiológicos que auxiliam, mas nem sempre definem com segurança a presença da HRG. De maneira interessante, a associação entre a complexidade da fratura de pelve e a HRG não é clara na literatura. Nossa hipótese é que a HRG, quando presente, é o fator prognóstico mais importante nestes casos e que a mesma pode ser associada à complexidade da fratura de pelve. Os objetivos deste estudo são a) avaliar os fatores prognósticos em vítimas de trauma fechado com fraturas de pelve, observando principalmente o papel da hemorragia retroperitoneal grave, b) identificar os indicadores de hemorragia retroperitoneal grave em vítimas de trauma fechado com fraturas de pelve, c) avaliar a correlação entre gravidade da fratura pélvica e hemorragia retroperitoneal grave, d) avaliar a evolução e tratamentos realizados dos traumatizados com fraturas pélvicas e HRG. Realizaremos um estudo retrospectivo dos prontuários e protocolos de trauma de adultos vítimas de trauma fechado admitidos com fraturas pélvicas. A estratificação de gravidade da amostra será realizada pelos índices de trauma Escala de Coma de Glasgow, Revised Trauma Score (RTS), Abbreviated Injury Scale (AIS-1990), Injury Severity Score (ISS), e TRISS. Utilizaremos as classificações de Key e Conwell modificada por Kane e de Tile para a avaliação das fraturas de pelve. Os traumatizados com fraturas de pelve serão separados em dois grupos: os que faleceram (Grupo I) e os demais (Grupo II). As diversas variáveis serão comparadas entre os grupos para identificação dos fatores prognósticos. Calcularemos o Odds ratio de cada fator prognóstico, para a compreensão do impacto da sua presença na evolução do doente. Em uma segunda análise, realizaremos a comparação das variáveis entre doentes com e sem HRG para a identificação dos indicadores de presença da mesma. Em uma terceira análise, avaliaremos a correlação entre HRG e a gravidade das fraturas pélvicas, tanto pela classificação de Key-Conwell modificada por Kane, como pela classificação de Tile. Realizaremos a análise estatística em conjunto com profissional na área. Os resultados deste estudo permitirão a rápida identificação do traumatizado com HRG, permitindo a pronta instituição de medidas para o controle da mesma.

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre a bolsa:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)