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Biopoder, Subjetividade e Tecnologia: Uma nova interpretação do corpo frente à desmesura da racionalidade técnico-científica.

Processo: 13/20731-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2014
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2016
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia
Pesquisador responsável:Aluisio Almeida Schumacher
Beneficiário:Carlos Alberto Sanches Junior
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Marília. Marília , SP, Brasil
Assunto(s):Sociologia da tecnologia   Biopolítica   Biotecnologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Biopoder | Biopolítica | biotecnologia | Filosofia da Tecnologia | Sociologia da Tecnologia | Biopoder; Biotecnologia

Resumo

A tecnologia contemporânea tem se firmado como um sistema global e expansivo marcado pela proliferação de aparelhos cada vez mais especializados e personalizados. A questão da tecnologia aglomera em torno de si desafios da ordem da produção social da realidade, da prática social a que chamamos "ciência", da produção heterônoma da subjetividade, da gerência biopolítica da massa consumidora etc. Um fenômeno como a engenharia genética, por exemplo, lança desafios cuja resolução exige uma compreensão capaz de rearticular conceitos como "poder", "sujeito" e "técnica" de modo a conjuga-los num novo registro. De modo geral, as opiniões sobre o desafio genômico transitam entre duas posições extremas: ou o estímulo otimista ao prosseguimento da marcha técnico-científica rumo à total objetivação do genoma humano, ou a prudência em nome da autonomia individual num contexto em que a fabricação de seres humanos numa "eugenia liberal" abre a possibilidade de um novo tipo de autorreferência e autocompreensão do sujeito ético. Porém, um terceiro caminho pode ser trilhado: calcado por elementos da filosofia de Nietzsche, ele nos guia por uma perspectiva analítica radicalmente crítica e capaz de se atualizar pela incorporação de elementos teóricos de diferentes autores contemporâneos como Simondon, Foucault, Sloterdijk, dentre outros. Tal perspectiva nos revela que a interpretação tecnicista do "corpo humano", ela mesma produto de longos processos sociais e históricos, e a "desmesura" (hybris) da racionalidade técnico-científica que lhe corresponde, trazem consigo o grande risco de congelamento do potencial de emancipação adquirido na modernidade. O objetivo desta pesquisa é explorar este terceiro caminho, obtendo, ao fim, uma interpretação consistente do fenômeno de consolidação de um sistema tecnológico cada vez mais autônomo, autorreprodutivo, e cujos mecanismos de subjetivação parecem conduzir as sociedades contemporâneas a uma entrega irrestrita e autocomplacente a uma domesticação que domina sob o disfarce sedutor da inovação tecnológica.

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